UMA VOCAÇÃO FRANCISCANA

VocacionadosCom uma história de mais de 50 anos em Mogi Mirim, o Seminário Franciscano de Nossa Senhora de Fátima já abrigou muitos vocacionados à vida religiosa e sacerdotal. Frei José Carlos Correia Paz, animador vocacional na Terceira Ordem Regular (TOR), junto com outros sete candidatos à vida religiosa, fala sobre o chamado e a vocação para seguir os passos de São Francisco de Assis.

E o Brasil habita os espaços do Seminário em Mogi Mirim. O local recebe vocacionados de todo o país que, em um primeiro momento, são chamados de aspirantes. É o caso de Leandro Uber, 17 anos. O jovem é da cidade de Benedito Novo, Distrito de Santa Maria, em Santa Catarina. O catarinense está em Mogi há quatro meses e conta que esse chamado veio através da presença da TOR em sua família. “Minha mãe sempre me ensinou a rezar. E meu tio é frei” – refere-se ao Frei Jair Roberto Pasquale, que já foi pároco em Mogi.

Edevandro José da Silva Pereira é um jovem de 22 anos. “Sou de Poconé, Mato Grosso”, afirma. E de terras longínquas Deus o chamou a fazer uma primeira experiência na TOR em Mogi Mirim. “Já estou na TOR há dois anos. Gostava muito de futebol, fiquei um ano no exército, até que um dia Deus me tocou através do convite do meu irmão”, conta. O irmão é Elizandro Cristiano Pereira, 25 anos. Há seis anos na TOR, já fez os votos temporários por três anos. “Minha vocação nasceu participando dos grupos de jovens e dos trabalhos nas comunidades rurais”, explica. “Hoje, uma das coisas mais importantes que vejo na caminhada é o convívio com a fraternidade. Isso me fez amadurecer muito”, conta.

Frei José Carlos Ferreira Paz, que já tem 16 anos de caminhada na TOR, explica que os primeiros passos são dados na própria paróquia de origem de cada vocacionado. “Se o chamado permanecer, aí sim os jovens são enviados para o seminário”, completa. Hoje, como animador vocacional na TOR, o religioso recorda também sua história com os franciscanos. “Meus pais eram franciscanos”, refere-se a uma ordem franciscana para leigos. “E isso pesou muito, porque venho de uma família franciscana”, reforça. De Sorocaba-SP, o Frei revela que já trabalhou em outras cidades. “E hoje estou aqui em Mogi”, sorri.

O Frei explica que, dentro da ordem, há os que são religiosos e há os que, além de serem religiosos, foram ordenados sacerdotes. “Nossa ordem é de religiosos. Vivemos uma vida de comunidade, de fraternidade. O sacerdócio é também um chamado que Deus faz aos religiosos. Mas não necessariamente um religioso tem que ser padre”, explica. “Essa é uma dúvida constante”, completa.

Luiz Pedro dos Santos Fadoul e Joan Paulo Souza Campos são da cidade de Borba – Amazonas. Os dois também já fizeram os votos temporários e, como Elizandro, hoje estudam em São Paulo, capital. “Sempre quis ser frade. Mas é engraçado porque nunca fui nem coroinha na infância”, sorri Luiz Pedro. “Já estou há oito anos nesta caminhada e valorizo muito a espiritualidade”, diz.

“Eu estou há seis anos na TOR. A vida fraterna é importante. Não se caminha sem essa vida”, completa Joan.

O único paulista do grupo é Carlos Eduardo de Souza Assis, da cidade de Paraibuna. E revela que em um primeiro momento foi um choque cultural, uma experiência única, segundo ele. “Somos de diferentes estados. Eu, diferente dos demais, não tive a influência da TOR em minha cidade, mas, conversando com Frei José Carlos, pude conhecer melhor essa espiritualidade”, conta. “Vocação para mim é arriscar-se e deixar-se guiar por Deus”, finaliza.

De uma maneira geral, todos veem esse chamado como um desafio. A própria geografia é desafiadora para eles. Deixam suas casas, em outros estados, e se colocam a serviço onde Deus os chama.

No grupo, não há nenhum mogimiriano, embora a presença da TOR em Mogi seja forte. “Quem sabe alguém se desperte para essa vocação”, encerra Frei José Carlos.

A QUEM PROCURAR?

Como animador vocacional, Frei José Carlos explica que os jovens que se sentirem chamados a essa vocação, podem procurar os membros da TOR presentes no Seminário Franciscano e na Paróquia Bom Jesus, no Mirante, e também na paróquia de São Benedito, no Centro. Essas duas paróquias, na cidade, são administradas por padres da TOR. Informações: (19) 3862-1967/ 3862- 2443.

TOR

A Terceira Ordem Regular tem como forma de vida observar o Evangelho de Jesus Cristo, vivendo em obediência, em pobreza e em castidade. Seguindo a Jesus Cristo, a exemplo de São Francisco, estão obrigados a fazer mais e maiores coisas, observando os preceitos e conselhos de nosso Senhor Jesus Cristo, e devem abnegar-se a si mesmos conforme cada um prometeu ao Senhor.

Os que quiserem conhecer mais sobre a TOR podem acessar algumas informações no site franciscanostor.org.br

Informações: Pascom São Pedro Apóstolo

Texto integrante da 6ª edição do Informativo O AMPARO – veículo impresso oficial da Diocese de Amparo
Acesse a versão digital em: https://issuu.com/diocesedeamparo

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