Em terreno doado por João Bueno da Cunha, um dos primeiros povoadores de Amparo, foi construída uma capela na qual foi colocada a imagem de Nossa Senhora do Amparo, que deu nome ao município. A Igreja Matriz foi construída atrás do local onde se encontrava a capela primitiva, por ideia do padre José Gomes Pereira da Silva, cujo vicariato se iniciou em 1839 e findou em 1849.
A bênção da igreja aconteceu em 2 de fevereiro de 1878. A imagem de Nossa Senhora do Amparo, que veio da cidade do Porto, Portugal, foi encomendada por dona Anna Cintra, esposa do Barão de Campinas.
Em meados dos anos 20 foi feita uma grande reforma, com projeto do engenheiro civil amparense Dr. Amador Cintra do Prado, quando foram erguidas as torres e reforçadas as paredes, que ganharam, então, sua espessura atual.
Foram abertas as naves laterais, que até então eram formadas por salas, e foi criada a estrutura necessária para levantar uma cúpula prevista no projeto, mas ainda não executada. Os púlpitos e confessionários foram feitos por Albano Pereira e João Siqueira, na oficina de marcenaria de sua propriedade, e os quadros a óleo são de Benedito Calixto. Mais recentemente foi contratado o pintor Mario Thomazi, para efetuar a pintura e decoração da Igreja Matriz, que foram concluídas por volta de 1950. Durante a construção da Igreja Matriz, bem como durante a sua reforma, pintura e decoração, a Igreja do Rosário foi utilizada para os serviços religiosos. A paróquia Nossa Senhora do Amparo tem sob sua jurisdição a Igreja do Rosário, de Nossa Senhora de Fátima e o Patronato Jesus Crucificado.
Dedicação
Todo edifício destinado à reunião do povo de Deus seja dedicado ao Senhor em rito solene. Por que é importante essa consagração? Pelo fato de esse edifício ser sinal do povo de Deus que ali se reúne para ouvir a Palavra de Deus, rezar em comum, frequentar os sacramentos, celebrar a Eucaristia. Santo Agostinho, já no século V, se referia à consagração da igreja a Deus e não aos mártires: “Nós não erigimos altares aos mártires para oferecer-lhes sacrifícios, mas ao Deus único, Deus dos mártires e nosso. Nesse sacrifício, eles são nomeados em seu lugar e em sua ordem como homens de Deus que venceram o mundo, confessando seu nada. O sacerdote que oferece o sacrifício não os invoca, porque oferece a Deus e não a eles, embora ofereça em suas memórias. É sacerdote de Deus, não dos mártires.”
No seu sentido etimológico, o verbo “dedicar” significa “proclamar solenemente”. A palavra “dedicação”, na sua origem, não tinha um sentido especificamente cristão. Estava presente na vida social e religiosa. “Dedicar” quer dizer destinar, atribuir, oferecer, inaugurar. Na Sagrada Escritura, a palavra “hanukka” (Nm 7,11; 2Cr 7,5; Esd 6,16) foi traduzida para o grego como “encênia”, que significa inauguração. As raízes bíblicas dos ritos de dedicação aparecem em Gn 28,18 (dedicação da coluna de pedra); Nm 7,10-11.84.88 (dedicação de altar); Dt 20,5 (dedicação de casas), e sobretudo as diversas dedicações do templo, por Salomão (1Rs 8,1-66), por Esdras (Esd 6,15-18) e a purificação do templo por Judas Macabeu (1Mc 4,36-59), renovada anualmente na festa da hanukká.
A dedicação das igrejas é um rito muito antigo, caracterizado por seu aspecto festivo e popular. O Vaticano II apresenta a Igreja como o povo de Deus reunido pela unidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo (L). É muito importante notar que, ao fazer a reflexão sobre a Igreja, o Concílio não se limitou àquilo que é visível como, por exemplo, a sua organização, mas foi até o mistério, isto é, à fonte de onde jorra a Igreja: a comunhão da Santíssima Trindade.
O novo Ritual recupera a riqueza do rito da dedicação, inserindo-o dentro da celebração eucarística, que na igreja primitiva era, em si, a própria dedicação. Na celebração da dedicação, o povo dá graças à Santíssima Trindade, porque neste lugar reside a glória do Senhor, é lugar de oração e súplica, de culto e adoração, de graça e santificação. É o lugar onde o povo cristão busca o Deus vivo e verdadeiro. A oração de dedicação tem justamente o objetivo de indicar que a igreja é dedicada a Deus. A igreja catedral é o lugar privilegiado de encontro com Deus, onde se recebe o tesouro da fé, partindo do batismo.
Endereço
- E-mail: curia@diocesedeamparo.org.br
- Telefone: (19) 3807-5748
- Endereço: Praça Mons. João Batista Lisboa S/Nº, Centro – Amparo/SP. Caixa Postal 248 – CEP 13.900-970