Será lançada nesta segunda-feira (27), às 16h, por meio de uma live no canal da CNBB no YouTube, a Campanha Amazoniza-te, organizada pela Comissão Episcopal para a Amazônia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em parceria com outras organizações eclesiais e da sociedade civil. A campanha surge com intuito de buscar ajuda para a população local, que sofre com a pandemia de coronavírus e com o agravamento de queimadas, desmatamento, grilagem, mineração e garimpo (ações que contribuem como proliferadoras da doença).
Com o convite para “Amazonar-te”, a ação propõe a participação de toda a população em defesa da Amazônia, seu bioma e seus povos, além de articular lideranças de povos e comunidades tradicionais, artistas, formadores de opinião, cientistas, pesquisadores, a Igreja na Amazônia e os diferentes organismos eclesiais. Somando forças diante de uma realidade de muitas vidas injustiçadas, expulsas de suas terras, torturadas e muitas vezes assassinadas em conflitos agrários e socioambientais.
“Nós queremos, nesse convite a ‘amazonizar’, superar a violação sistemática da legislação de proteção ambiental e o desmonte dos órgãos públicos com atuação do governo para desregulamentar e ampliar de forma ilegal a atuação das mineradoras, agronegócio, madeireiras e pecuaristas na região”, destacou dom Walmor Oliveira de Azevedo, presidente da CNBB.
A campanha Amazoniza-te se estrutura a partir de três eixos:
1. Vulnerabilidade dos Povos Indígenas e comunidades tradicionais à contaminação pelo novo coronavírus, com destaque para a debilidade no atendimento e estrutura dos equipamentos públicos de saúde nos estados e municípios da região, aquém das condições de outras regiões do país;
2. Aceleração da destruição do Bioma pelo aumento descontrolado do desmatamento, das queimadas, a invasão de territórios indígenas e das Comunidades Tradicionais pela grilagem, mineração, garimpo, pecuária e plantio de monoculturas, e pelos efeitos das hidrelétricas sobre as populações ribeirinhas;
3. Violação sistemática da legislação de proteção ambiental e desmonte dos órgãos públicos, com atuação intencional do governo para desregulamentar e ampliar – de forma ilegal – a atuação das mineradoras, agronegócio, madeireiras e pecuaristas na região.
Fonte: CNBB.org.br