O Movimento das Senhoras da Hora da Graça começou em 1957, com a vinda da Irmã Guiomar para Itapira. Ela veio para o Colégio Santo Antônio, e pertencia à Congregação das Missionárias de Jesus Crucificado.
Nas quintas-feiras, Irmã Guiomar reunia as senhoras na Capela do Colégio Santo Antônio. Passado algum tempo, Cônego Mateus Ruiz Domingues convidou o Movimento a se reunir na Igreja pelas quartas-feiras às quinze horas, exatamente como acontece nos dias de hoje.
A coroa das Sete Dores de Nossa Senhora teve origem na ordem dos Servitas, os Servos de Maria, nos meados do século XIII. Compõe-se de sete partes ou séries de grãos, cada uma formada de um Pai-Nosso e sete Ave-Marias, em memória das sete dores da Santíssima Virgem.
Nos arquivos do movimento, existe um “santinho” que tem Nossa Senhora das Dores na frente, e atrás as mulheres escreviam seus nomes, comprometendo-se a se reunirem para essa Hora da Graça. Em um dos “santinhos”, no ano de 1940, foi encontrado junto com o nome das senhoras o nome de Dom Francisco de Campos Barreto, bispo diocesano de Campinas na época. Também existiam folders do ano de 1949, elaborados por Monsenhor Luís de Moura, Vigário Geral dessa Congregação.
A Hora da Graça foi instituída como um momento em que as pessoas se comprometem em meditar e contemplar as dores de Maria no Calvário. E nesse momento de devoção e meditação, muitas rezam para pessoas que necessitam de oração, com problemas no trabalho, doenças graves, aflitos, angustiados, enfim, essas mulheres também colocam seus pedidos, mas se reúnem não somente para rezarem para si mesmas, e sim para meditar e contemplar as Dores de Maria em prol das pessoas que necessitam de oração. Toda quarta-feira os pedidos de oração são colocados em um vidro com incenso e no final do mês esses pedidos são queimados num momento de oferecimento das orações.
Esse movimento está se concretizando com sessenta anos sem interrupção nenhuma, ou seja, há sessenta anos, nas quartas-feiras às três horas da tarde, mulheres se reúnem para rezarem juntas as Sete Dores de Maria.
No Jornal de comemoração dos cinquenta anos se diz que o Movimento foi fundado em 1957. O grupo até hoje mantém muitas das tradições do passado e o seu objetivo principal, que é orar pelos necessitados, ainda se mantém. A fundação foi feita pelas freiras Irmã Maria Aparecida Schimitiue, já falecida, e Irmã Guiomar Faria, que estava com 91 anos nessa comemoração.
Nas tardes de quartas-feiras, além dessa reunião das mulheres para rezar pelos necessitados, existe uma catequese, segundo um tema determinado, ou a própria liturgia da semana, advento, quaresma. A catequista dos dias de hoje é a Sra. Gilmere Zachi. Há também o momento da comunhão eucarística, no qual recebem a hóstia consagrada das mãos de algum Ministro Extraordinário da Sagrada Comunhão. Além disso, antes de Pentecostes, todos os anos fazem a novena do Espírito Santo.
Desde que começou, esse grupo foi aumentando, e houve épocas em que a frequência era de setenta pessoas. Atualmente a média é de quarenta a quarenta e cinco pessoas, que toda quarta-feira vão à Igreja para rezar as Sete Dores da Coroa de Nossa Senhora das Dores.
Existe uma amizade muito grande entre elas. Muita solidariedade, respeito e ajuda mútua. Elas se reúnem também em retiros, festividades, aniversários, romarias. Bendizemos a Deus pelos sessenta anos do Movimento Hora da Graça!
Informações: Pascom Santo Antônio