Milagres e graças por intercessão de Santa Gertrudes

“Ó Deus clementíssimo, por favor, retende a chuva até que terminemos este trabalho ordenado pela obediência”

O livro I das Revelações de Santa Gertrudes (São Paulo: Artpress, 2003) trata de alguns milagres feitos por Deus – só Ele pode fazê-los – pela intercessão de Santa Gertrudes de Helfta (1256 a 1301/1302).

No mês de março, o frio se fez sentir com tal rigor que a vida dos homens e dos animais parecia ameaçada. Além disso, Gertrudes ouvia dizer que não se devia esperar nenhuma colheita nesse ano, porque, segundo a disposição da lua, o frio ainda duraria muito tempo. Um dia, pois, na Missa em que ia comungar, rezou devotamente ao Senhor nessa intenção e pediu-lhe ainda outras graças.

O Senhor lhe respondeu: – Está certa de que todos os teus pedidos foram atendidos? Ela replicou: – Senhor, se fui realmente atendida e se é justo Vos dar graças, querei dar-me uma prova disso, fazendo cessar o frio rigoroso.

Assim dito, não pensou mais nisso, mas, quando saiu do coro, depois da Missa, encontrou o caminho todo inundado por causa da fusão da neve e do gelo. Os que viram produzir-se essa mudança, contra as leis da natureza, ficaram muito espantados e, como ignoravam que a eleita de Deus a obtivera por suas orações, repetiam que, infelizmente, esse tempo não duraria, porque contrariava a ordem regular das coisas. Contudo, ele se manteve e assim permaneceu, sem interrupção, na primavera que se seguiu.

Outra vez, na época da colheita (cf. Livro III, cap. XXXI), como chovia continuamente e muito se temiam as perdas que daí viriam, rezava-se com insistência por toda parte. Gertrudes, unindo-se ao povo, fez tão instantes súplicas para apaziguar o Senhor que obteve a promessa formal de um tempo mais favorável. Com efeito, nesse mesmo dia, apesar de que pesadas nuvens ainda cobrissem o céu, o sol apareceu e iluminou toda a terra com seus raios.

Uma tarde, após a ceia, a comunidade foi ao pátio para um trabalho. O sol ainda brilhava, mas viam-se nuvens carregadas no céu. Então, eu mesma ouvi Gertrudes dizer ao Senhor: – Ó Senhor, Deus do Universo, não desejo que realizeis à força minha humilde vontade, porém, se vossa infinita bondade mantém essa chuva nos ares por minha causa e contrariamente ao que exigem vossa glória e o rigor da vossa justiça, eu Vos suplico que as nuvens se descarreguem e que vossa amabilíssima vontade seja cumprida.

Ó maravilha! Nem acabara essas palavras quando o trovão reboou e a chuva caiu em abundância. Estupefata, disse ao Senhor: – Ó Deus clementíssimo, por favor, retende a chuva até que terminemos este trabalho ordenado pela obediência.

E o Senhor, cheio de condescendência, suspendeu a tempestade até a conclusão do trabalho das irmãs. Porém, apenas transpuseram as portas, uma chuva torrencial, acompanhada por relâmpagos e trovões desabou com violência e duas ou três irmãs que se atrasaram entraram inteiramente molhadas (p. 54-57).

Também o Pe. Benedito Carlos Alves dos Santos relata, em sua obra, uma graça de que tomou ciência no tempo em que foi pároco da Paróquia Santa Gertrudes, na Diocese de Santo Amaro (SP), nos fins dos anos de 1990. O fato se deu com uma enfermeira, sua paroquiana, que, após a Missa da 1ª Sexta-feira do mês, dedicada ao Sagrado Coração de Jesus, levou uma das rosas abençoadas na igreja, como era costume, para o hospital em que trabalhava. Entregou a flor a uma senhora muito enferma e pediu-lhe que confiasse em Santa Gertrudes. A doente levou a rosa ao rosto e, sentindo-se melhor, dormiu bem à noite (Santa Gertrudes, modelo de vida interior. São Paulo: Paulinas, 2014, p. 59).

 

Vanderlei de Lima

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