Como já é tradição, um dia da programação das Assembleias Gerais dos bispos brasileiros é dedicado à reflexão sobre os bispos eméritos, aqueles que ao completar 75 anos, conforme prevê o Direito Canônico, apresentam sua carta de renúncia ao papa. Na 56ª Assembleia Geral (AG) o dia dedicado aos eméritos foi o dia 13 de abril.
As referências começaram logo cedo, na missa matutina celebrada no Santuário de Aparecida (SP) celebrada pelo presidente da Comissão dos Bispos Eméritos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Luiz Soares Vieira, arcebispo emérito de Manaus (AM).
Cabe ao papa, após receber a carta com o pedido de renúncia, aceitá-la ou não. O bispo emérito, lembrou dom Luiz Soares, em Coletiva de Imprensa, durante a 56ª AG, continua sendo bispo mas sem o governo de uma diocese. “Cada bispo ao tornar-se emérito escolhe onde quer passar o entardecer de sua vida”, disse.
Embora os bispos também não são considerados mais membros da CNBB após tornarem-se eméritos, são convidados para participarem dos espaços de comunhão da Igreja no Brasil, como as assembleias. Um gesto de carinho da Igreja no Brasil, para dom Luiz, foi a criação de uma Comissão Especial para os Bispos Eméritos, à qual preside.
Para o presidente da Comissão dos Eméritos disse que a Igreja precisa cuidar bem de seus idosos ao contrário do que acontece com as pessoas que vão envelhecendo em nosso país. “A situação dos idosos no Brasil é precária”, disse. A previsão é que o número de eméritos no Brasil salte dos atuais 173 para cerca de 200 fato que aponta para a necessidade de um olhar especial para esta realidade segundo dom Luiz.
Informações: CNBB