O dia do padroeiro na Paróquia São Sebastião, em Amparo, começou com uma linda celebração presidida pelo pároco, padre Carlos Panassolo, e concelebrada pelo vigário paroquial, padre Flávio Ferreira. Em sua homilia, padre Carlos refletiu como o testemunho de São Sebastião nos ajuda a sermos firmes na fé, alimentados pelo grande dom de ser comunidade e nos alerta a olharmos e defendermos a Igreja e os irmãos hoje, como fez o mártir em seu tempo.
“Na vida de São Sebastião, contemplamos muitas cenas que vemos hoje. Após o segundo martírio, seu corpo sem vida é jogado no esgoto público de Roma. Uma cena que vemos hoje: um corpo sem vida e abandonado, deixado. Em nosso país, nos noticiários sobre os presídios, vemos imagens de corpos abandonados. No ano passado e também já neste novo ano, vemos os nossos irmãos refugiados abandonados, vemos os irmãos encarcerados, corpos sem vida. Quem não se lembra da cena da criança síria na praia da Grécia já sem vida? A grande pergunta que fica é: qual a diferença desses corpos para o do mártir São Sebastião? A diferença é que contemplamos no corpo de São Sebastião seu testemunho, de sua defesa da Igreja, ou seja, do próximo, defesa da vida. Já nos outros corpos, vemos o fruto da violência, do medo, do poder, ódio, ira, desprezo e descuido com a pessoa humana. O que está acontecendo? Muitas vezes pensamos apenas em si mesmo, querendo as coisas para si e não nos importando com o próximo. Sebastião nos mostra que apenas na riqueza de sermos irmãos, de sermos Igreja, mesmo com suas fragilidades, chegamos à graça de Deus”, disse o pároco.
Durante a celebração, jovens da paróquia fizeram uma dramatização sobre a vida e testemunho do padroeiro. Para Ana Paula Vilas Boas, que coordenou o trabalho com os jovens, a ação foi excelente pela entrega e dedicação de cada um. “O melhor resultado foi o sim de cada um que se propôs a vivenciar um pouco do que nosso querido padroeiro viveu e testemunhou e, assim, conhecerem mais de sua história”, conta.
O jovem Lucas Petrolli teve a oportunidade de representar São Sebastião na dramatização e testemunha ter sido uma das experiências mais fortes em sua caminhada de fé. “Foi gratificante, pois foi uma honra representar o padroeiro de nossa paróquia, que morreu pela fé e viveu sua vida para anunciar Jesus Cristo. Senti-me muito feliz pelo convite”, alegra-se.
À noite, aconteceu a reza do Santo Terço na Matriz Centenária com a participação dos movimentos Apostolado da Oração, Irmandade São José e membros do Terço dos Homens Nossa Senhora Auxiliadora, Terço das Mulheres Imaculado Coração de Maria e Terço das Mulheres Santa Clara. Em seguida, os fiéis saíram em procissão levando o andor do padroeiro, um de Nossa Senhora Aparecida, em celebração do Ano Nacional Mariano, e a relíquia em direção à Matriz de São Sebastião para a Missa Solene presidida pelo bispo diocesano, Dom Luiz Gonzaga Fechio, concelebrada por padre Carlos e padre Flávio.
Dom Luiz saudou a todos os presentes dizendo da alegria de celebrar a festa do padroeiro pela primeira vez como bispo de Amparo. Em sua homilia, o bispo refletiu dizendo da importância de acreditar, mesmo sabendo que o padroeiro viveu há tantos anos distante de nós, celebrando a devoção, trazendo Sebastião como exemplo de vida, vendo que tudo que foi elaborado e pensado para sua festa, no respeito, admiração e na gratidão, foi feito por amor a Cristo.
“Vamos pedir, ainda no início desse ano, que a sua carinhosa intercessão por nós seja motivo de nós irmos em frente, de vestirmos essa armadura, de ser um soldado, não interessando o nosso lugar na Igreja. O que interessa é se eu estou na Igreja por causa Jesus Cristo, interessa se o meu Batismo, se a minha Crisma, se a minha vida de fé é por causa Dele, não é por causa de um nome que eu tenho, de um cargo que eu tenho, de alguma coisa que faz eu aparecer mais, não, é por causa Dele. E por causa Dele vale tudo. Se a gente não acreditar nisso é bom parar agora, porque não vale a pena. Pensar em ir para frente com a motivação, com a razão que lá na frente vai fazer eu acreditar que foi bom todo meu desgaste, todo o meu cansaço, toda a minha fadiga”, falou Dom Luiz.
O bispo ressaltou a importância do trabalho que cada um realiza nas muitas comunidades da paróquia ao longo de todo ano, na beleza da fé, de ser uma Igreja missionária. “As pessoas que estão aí militando, batalhando para essa fé ser passada, ser comunicada, para essa fé ser a motivação para a nossa caminhada de irmãos, de família, de comunidade, de Igreja. Essa Igreja que tem um mártir, muitos mártires, mas que tem um santo mártir chamado Sebastião, que mostrou com toda lucidez, com toda consciência, que realmente pelo seu Senhor, por Aquele que ele tinha certeza que valia a pena a sua vida, realmente ele foi com tudo, de cabeça e corpo até o fim”, acrescentou.
Após a Missa festiva, houve queima de fogos e animada quermesse no Centro de Pastoral São João Paulo II.
Informações: Pascom São Sebastião
