ENCERRANDO, MAS RECOMEÇANDO…

Texto integrante do Informativo bimestral O AMPARO, da Diocese de Amparo | ed. nº 7
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Querida irmã e querido irmão, iniciamos o último bimestre deste ano e “O AMPARO” chega às suas mãos com o intuito de fortalecer nossa comunhão eclesial como Diocese de Amparo. A publicação das notícias quanto ao que de bonito e importante aconteceu em nossas paróquias e foranias não é publicidade ou exibicionismo, e sim socialização de iniciativas que vão nos ajudando mutuamente na obra de evangelização. A construção do Reino de Deus se dá aqui e acolá em práticas consideradas muitas vezes como pequenas, porém que manifestam a presença do Reino e, consequentemente, proporcionam alegria, esperança, paz, saúde, dignidade ao próximo, na pessoa da criança, do adolescente, do jovem, do adulto e do idoso que precisa sentir-se amado e amada pelo Pai, e, assim, fazer circular esse amor.

Começamos o bimestre lembrando de todos os que já faleceram, recordando, particularmente, aqueles que deixaram marcas profundas em nossa história, no sentido de terem contribuído muito para as alegrias que vivenciamos, e, por isso mesmo, a separação pode ter sido ou ainda estar sendo bastante dolorosa. É aqui que a fé, alimentada na oração, na eucaristia, na solidariedade, tem que ser um importante diferencial para superar ou, ao menos, amenizar essa dor.

Ainda no início de novembro, lembramos de todos os santos, numa bonita festa que a Igreja celebra no primeiro domingo do mês (ou no sábado, dia 1, quando dia 2 cair no domingo). Embora tenhamos um número significativo – graças a Deus! – de pessoas que chamamos “santas”, numa grande diversidade de idades e situações, sabemos que a santidade deve ser uma procura constante de todos nós, batizados e batizadas, que, pelas pequenas coisas, queremos participar na vida de Deus, também através dos meios que a Igreja nos oferece, particularmente com os sacramentos. Na verdade, a santidade não é fruto do nosso esforço, procurando alcançar a Deus com nossas forças, mesmo que seja com heroísmo; ela é dom do amor de Deus e resposta nossa à iniciativa d’Ele. Portanto, independentemente do reconhecimento oficial da Igreja para atribuir o nome de “Santo”, “Santa” ou “São”, não adianta querermos viver a vida eterna com o Senhor e com todos que com Ele estão, se não buscarmos continuamente responder à Sua iniciativa.

Bem, mas final de ano nos faz pensar, inevitavelmente, em Natal. E aqui cabe, novamente, um sério questionamento: “qual” natal? Ao fazer esta pergunta, você já sabe, certamente, a provocação que desejo aguçar, também a mim mesmo. Encerrando um ano cheio de oportunidades para rezar e refletir a beleza da misericórdia, que nosso papa nos propôs, e tendo iniciado o Ano Mariano, na Igreja do Brasil, em vista da comemoração dos 300 anos do extraordinário achado da imagem de Nossa Senhora Aparecida, deixemo-nos constantemente interrogar, numa saudável e oportuna devoção à Virgem Maria, se faremos um Advento, em primeiro lugar, de “preparação” – e não de “compra” – do que, realmente, os outros precisam ganhar de nós!

Dom Luiz Gonzaga Fechio

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