O bispo diocesano, Dom Luiz Gonzaga Fechio, participou da 4ª edição do “Movimento Você e a Paz”, que ocorreu em Amparo, no último domingo, dia 31 de julho.
Dom Luiz refletiu em sua Mensagem de Paz dizendo que todos necessitam se sentir provocados, no sentido de se comprometer, em fazer algo para que a paz seja realmente plena nos diversos segmentos da sociedade.
“Usamos vários símbolos para expressar a paz, como, por exemplo, a camiseta, a pomba, o balão, a música, mas sabemos que paz não pode ser só emoção ou simples sentimento, ainda que este não deixe de ser importante. Paz que é paz de verdade, é atitude. E esta atitude, quando sai de um coração desarmado – e convenhamos que não é nada fácil nos desarmarmos no dia a dia – é atitude que aproxima, que promove, que anima, que levanta, que liberta, que cura”, exortou.
O bispo continuou dizendo que a ausência da paz no coração das pessoas faz com que suas atitudes se tornem “armas de destruição, de opressão, de marginalização, de exclusão, de morte”, por isso para que cada ser humano seja digno dessa paz ele precisa fazer a sua parte. “Para eu ser merecedor desta paz, como receptor ou destinatário, preciso também colaborar, nas pequenas coisas, como emissor, remetente, ou seja, como sujeito”, completou.
Citando a Mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial da Paz, celebrado no dia 1 de janeiro, intitulada ‘Vence a Indiferença e conquista a Paz’, o bispo discorreu mencionando o trecho que diz “a paz é dom de Deus, mas confiado a todos os homens e a todas as mulheres, que são chamados a realizá-lo”.
Na Mensagem o Papa fala da indiferença, nos dias de hoje, que ganhou status tamanho que gerou o fenômeno intitulado ‘globalização da indiferença’. O Pontífice explica que esse fenômeno decorre quando um indivíduo não se importa mais com seu semelhante fechando o coração e os olhos para a dor e o sofrimento de seu irmão.
Dom Luiz chamou a atenção para a precisão das palavras do Santo Padre quando este diz que “a primeira forma de indiferença na sociedade humana é a indiferença para com Deus, da qual deriva também a indiferença para com o próximo e a criação”. Essa indiferença brota do pensamento egoísta e materialista do ser humano quando se acha autossuficiente e visa não só ocupar o lugar de Deus, mas simplesmente dispensá-Lo.
“A indiferença para com o próximo assume diferentes fisionomias. Há quem esteja bem informado, ouça o rádio, leia os jornais ou veja programas de televisão, mas fá-lo de maneira entorpecida, quase numa condição de rendição: estas pessoas conhecem vagamente os dramas que afligem a humanidade, mas não se sentem envolvidas, não vivem a compaixão. Este é o comportamento de quem sabe, mas mantém o olhar, o pensamento e a ação voltados para si mesmo. Infelizmente, temos de constatar que o aumento das informações, próprio do nosso tempo, não significa, por si mesmo, aumento de atenção aos problemas, se não for acompanhado por uma abertura das consciências em sentido solidário”, diz a Mensagem do Papa.
O bispo finalizou rezando a Oração de São Francisco, que se inicia pronunciando “Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz”, e foi seguido em coro pelos presentes que acompanhavam atentos sua Mensagem de Paz.
“Vamos pedir por essa paz, para que um momento como esse, tão bonito, tão importante, faça com que todos nós sejamos mais verdadeiramente agentes da paz”, finalizou Dom Luiz.
Discursaram também mensagens de paz o fundador do Movimento, Divaldo Pereira Franco, Médium e Orador Espírita, e o Pastor José Lima, da Assembleia de Deus Ministério do Belém de Amparo. Após, houve uma apresentação do “Musical America – Jean William e Jazz Trio”, com participação especial de Fafá de Belém.