Diocese de Amparo encerra o Ano Jubilar da Esperança com celebração solene na Catedral
No último domingo, 28 de dezembro de 2025, às 15h, a Diocese de Amparo celebrou, com grande participação do Povo de Deus, o encerramento do Ano Jubilar da Esperança, em solene Santa Missa realizada na Catedral Diocesana Nossa Senhora do Amparo.
O término do Jubileu nas Igrejas Particulares ocorreu conforme orienta a Bula de Proclamação Spes non confundit, do Papa Francisco, que convida toda a Igreja a acolher, com plena participação, o anúncio da esperança e os sinais concretos da graça de Deus na vida do povo.
Peregrinos da Esperança
Com o lema “Peregrinantes in Spem – Peregrinos da Esperança”, o Jubileu de 2025 foi vivido como um tempo favorável de renovação espiritual. Na Bula jubilar, o Papa recorda que a esperança habita o coração humano como desejo profundo de bem, mesmo em meio às incertezas e desafios do presente. O Ano Santo foi, portanto, uma oportunidade para reacender a esperança em tempos marcados por dificuldades pessoais, familiares e sociais.
Celebração de unidade diocesana
A Missa de encerramento foi presidida pelo bispo diocesano, Dom Luiz Gonzaga Fechio, e contou com a presença do Vigário Geral, Monsenhor Edson Luiz Andretta, do pároco da Catedral, Padre Sidney Wilson Basaglia, bem como do coordenador diocesano de pastoral, Padre Tarlei Navarro. Estiveram presentes ainda os vigários forâneos da Diocese: Padre Rodolfo Inácio Pasini, vigário forâneo da Forania Jesus Bom Pastor e cerimoniário diocesano; Padre Fabrício Fagner Ferreira, vigário forâneo da Forania Nossa Senhora do Rosário; Padre João Gonçalves, vigário forâneo da Forania Nossa Senhora da Penha; Padre Wellington Gustavo de Souza, vigário forâneo da Forania São José; e Padre Alexandre Pereira, vigário forâneo da Forania Sant’Ana.
A celebração reuniu ainda numerosos sacerdotes do clero diocesano, diáconos permanentes, seminaristas, religiosas, religiosos e uma expressiva representação dos fiéis das 34 paróquias e 2 áreas pastorais da Diocese.
Estiveram representadas todas as foranias:
– Jesus Bom Pastor (Amparo);
– Sant’Ana (Pedreira, Holambra, Santo Antônio de Posse e Jaguariúna);
– Nossa Senhora do Rosário (Monte Alegre do Sul, Serra Negra, Lindóia e Águas de Lindóia);
– Nossa Senhora da Penha (Itapira);
– São José (Mogi Mirim).
O encontro manifestou visivelmente a comunhão e a unidade da Igreja Particular de Amparo.
A homilia: fé vivida no coração e na família
Celebrando também a Solenidade da Sagrada Família de Nazaré, Dom Luiz iniciou a homilia agradecendo a presença de todos, reconhecendo o esforço das paróquias e dos fiéis por estarem reunidos no último domingo do ano. Ressaltou que aquele momento não era destinado às redes sociais, mas à vida e ao coração de cada pessoa, como fortalecimento da caminhada de fé.
Recordando a abertura do Ano Jubilar em 2024, o bispo destacou os desafios enfrentados ao longo do período, muitos deles vividos no seio das famílias. A partir da segunda leitura, apresentou cinco atitudes fundamentais para a convivência cristã: misericórdia, bondade, humildade, mansidão e paciência, lembrando que nenhuma delas é possível sem a graça de Deus, especialmente no ambiente familiar.
Dom Luiz também fez referência à realidade social, mencionando o alto número de feminicídios no país, e reforçou a responsabilidade cristã de viver o amor, o respeito e a dignidade humana, sobretudo dentro das famílias.
Caminho jubilar e horizonte pastoral
O bispo recordou ainda os seis grandes encontros jubilares realizados ao longo do Ano Santo, em diferentes cidades da Diocese: Jubileu das Crianças, dos Jovens, dos Catequistas, das Pastorais e Ministérios, dos Movimentos, Serviços e Novas Comunidades, e o Jubileu da Caridade. Todos foram organizados pela Coordenação Diocesana de Pastoral, em comunhão com o Conselho Diocesano de Pastoral e o Conselho Diocesano de Leigos.
Para aqueles que desejarem aprofundar a memória deste Ano Santo, a Diocese disponibilizou uma retrospectiva dos Jubileus Diocesanos de 2025, reunindo os principais momentos, encontros e celebrações vividos ao longo do Jubileu da Esperança. O material pode ser acessado no site oficial da Diocese e oferece um olhar detalhado sobre o caminho de fé, comunhão e missão percorrido pelas paróquias e foranias. A retrospectiva está disponível para consulta no link:
👉 https://diocesedeamparo.org.br/retrospectiva-dos-jubileus-diocesanos-de-2025/
Ao lembrar o fechamento da Porta Santa em Roma, Dom Luiz alertou para o risco de também se fecharem as portas do coração, convidando os fiéis a manterem viva a esperança ao ingressarem em 2026.
Apresentou, por fim, o caminho pastoral dos próximos anos, destacando que a elaboração do 3º Plano Diocesano de Pastoral acontecerá em três etapas. No ano de 2026, o processo terá início no primeiro semestre com a Etapa Paroquial e seguirá, no segundo semestre, com a Etapa Forania. Já em 2027, no primeiro semestre, será realizada a Etapa Diocesana, culminando a construção do novo Plano no ano em que a Diocese de Amparo celebrará 30 anos de sua criação.
Encerrando a homilia, deixou uma forte imagem espiritual: “semente é promessa”. Assim como plantar é acreditar no futuro, cuidar de pessoas é apostar no que elas podem se tornar. “Somos chamados a ser jardineiros”, afirmou, confiando que Deus age onde o esforço humano não alcança. A reflexão foi concluída com a súplica: “Nossa Senhora do Amparo, amparai-nos.”
Palavra de gratidão
Ao final da celebração, o coordenador diocesano de pastoral, Padre Tarlei Navarro, dirigiu uma breve mensagem à assembleia, expressando gratidão pelo Ano Santo vivido na Diocese. Destacou o empenho dos leigos, a presença constante do bispo, o trabalho dos conselhos diocesanos, e, de modo especial, o apoio generoso do clero, diáconos, seminaristas, religiosas e religiosos.
Segundo ele, o Ano Jubilar foi uma bênção que fortaleceu a comunhão e reavivou a fé do povo, reafirmando a missão da Igreja de ajudar cada vez mais pessoas a encontrarem e amarem a Cristo.
Envio e esperança
Ao término da Missa, Dom Luiz agradeceu a todos os fiéis presentes, concedeu a bênção final e permaneceu cumprimentando o povo. A Diocese confiou o encerramento do Jubileu à intercessão de Nossa Senhora do Amparo, pedindo que continue a conduzir seu povo pelos caminhos da fé, da esperança e da caridade.
O Ano Jubilar se encerra, mas permanece o compromisso de viver, no cotidiano, a certeza proclamada por São Paulo:
“A esperança não decepciona.” (Rm 5,5)
