A Solenidade do Sagrado Coração de Jesus

A Solenidade do Sagrado Coração de Jesus.

A Solenidade do Sagrado Coração de JesusDia de Oração pela Santificação dos Sacerdotes – é celebrada hoje, sexta-feira, 27 de junho, após a Solenidade do Corpus Christi, visto que a Eucaristia/Corpus Christi nada mais é que o próprio Coração de Jesus, um “Coração” que “cuida” de nós.

Em 20 de outubro de 1672, o sacerdote francês, João Eudes, celebrou esta festa pela primeira vez. Mas, alguns místicos alemães da Idade MédiaMatilde de Magdeburg (1212–1283), Matilde de Hackeborn (1241–1298), Gertrudes de Helfta (1256–1302) e o Beato dominicano Enrico Suso (1295–1366) – já cultivavam a devoção ao Sagrado Coração de Jesus. No entanto, as revelações que a religiosa da Visitação, Santa Margarida Maria Alacoque (1647–1690), recebeu do Senhor, contribuíram para uma maior difusão do culto.

Margarida Maria Alacoque viveu no convento francês de Paray-le-Monial, desde 1671. Já tinha fama de grande mística quando, em 27 de dezembro de 1673, recebeu a primeira visita de Jesus, que a convidou a tomar o lugar, na celebração da Última Ceia, que pertencia a João, o único apóstolo que, fisicamente, encostou a cabeça no peito de Jesus. E lhe disse:

Meu divino coração é tão apaixonado de amor pelos homens que, não podendo conter em si as chamas da sua ardente caridade, precisa da tua ajuda para difundi-las. Por isso, escolhi você para este grande desígnio.

No ano seguinte, Margarida teve outras duas visões: na primeira, viu o Coração de Jesus em um trono de chamas, mais brilhante que o sol e mais transparente que o cristal, circundado por uma coroa de espinhos; na segunda, viu o coração de Cristo, fulgurante de glória, que emitia chamas por todos os lados, como uma fornalha. Conversando com ela, Jesus lhe pediu para:

  • Comungar, todas as primeiras sextas-feiras do mês, durante nove meses consecutivos;

  • E se prostrar no chão por uma hora, na noite entre quinta e sexta-feira.

Deste modo, nasceram as práticas das Nove Sextas-Feiras e da Hora Santa de Adoração.
Em uma quarta visão, Cristo pediu a Margarida que fosse instituída uma festa em honra ao seu Sagrado Coração e orações em reparação das ofensas por Ele recebidas. Esta festa passou a ser obrigatória em toda a Igreja a partir de 1856, por ordem de Pio IX. Neste mesmo dia, em 1995, São João Paulo II instituiu o Dia Mundial de Oração pela Santificação do Clero, para que o sacerdócio fosse protegido pelas mãos de Jesus, ou melhor, pelo seu Coração, para ser aberto a todos.

Na Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, a liturgia convida-nos a contemplar e celebrar a bondade, a ternura e a misericórdia de Deus pelos homens – por todos os homens, sem exceção. Para expressar a atitude de Deus para com os seus filhos, os textos recorrem à imagem do “Pastor bom”, que, com amor infinito e dedicação total, cuida do seu rebanho.

  • Na primeira leitura, Deus anuncia aos exilados na Babilônia que vai, Ele próprio, tomar conta do seu povo. Durante muito tempo, foram conduzidos por “pastores maus”, que as desviaram do caminho da justiça. Mas agora Deus, o Pastor bom, vai reunir, conduzir e cuidar com amor e ternura.

  • No Evangelho, Jesus conta a parábola da ovelha perdida: um pastor que deixa tudo para buscar uma só ovelha. Esse pastor é Deus, que ama cada filho de forma absoluta e se alegra quando um deles retorna ao seu rebanho.

  • Na segunda leitura, São Paulo recorda que somos filhos amados de Deus. Foi por esse grande amor que Deus enviou seu Filho Jesus Cristo ao nosso encontro, mostrando-nos, mesmo diante da injustiça, mentira, violência e morte, o caminho que conduz à vida verdadeira.

Salvos por Jesus, tornamo-nos membros da família de Deus e herdeiros da sua promessa de salvação.

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