Nosso bispo diocesano, Dom Luiz Gonzaga Fechio, presidiu a missa celebrada na Matriz Nossa Senhora do Rosário, na noite de quinta-feira, 23 de fevereiro, em Serra Negra, SP, que marcou a despedida do padre André Ricardo Panassolo da Diocese de Amparo, em missão com destino à Diocese de São Gabriel da Cachoeira/AM. Ele se juntará à Equipe de missionários do Projeto entre os Regionais Sul 1 e Norte 1 da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), criado pelos bispos do estado de São Paulo, para colaborar com a Igreja daquela região.
A celebração contou com a presença de diversos padres, do secretário-adjunto, padre João Carlos Deschamps, representando o Regional Sul 1 da CNBB, do casal César e Rosani Campos, representando o Conselho Missionário Regional , além da participação dos pais, parentes e amigos do padre, bem como diversos paroquianos, fiéis de outras paróquias que lotaram a matriz.
Dom Luiz, no início de sua homilia ressaltou aquela passagem do Evangelho, lançar para águas mais profundas. “É lógico que queremos padres para a nossa Diocese, mas como é bom pensarmos numa igreja que não tem limites, não tem fronteiras. A Diocese de Amparo é pequena mas tem o coração grande para partilhar um padre com aquele povo amazonense, que tem muitos poucos sacerdotes, bem como poucos missionários, onde a necessidade da Igreja é muito mais difícil, em seus mais diversos aspectos e realidades”, dizia dom Luiz.
O prelado desejou que o padre André seja um grande evangelizador, nas terras amazônicas. Que ele possa levar com sua mente, coração e corpo essa pessoa de Jesus na sua vida dele e no seu ministério. Que Nossa senhora do Amparo, Nossa Senhora do Rosário, posso acompanhá-lo nesta nova empreitada.
Enquanto proferia sua homilia, Dom Luiz, pediu que Nossa Senhora e São Policarpo – santo celebrado na data – , intercedessem pelo padre André. “Que esta missão faça o muito feliz, fazendo felizes também muitas pessoas, muitos de nossos irmãos indígenas que é a grande parte dos habitantes daquela região, e que tem uma sede de Deus muito grande e uma espiritualidade muito bonita, a maneira daquele povo viver a presença de Jesus no meio deles”.
Durante a homilia o religioso fez menção à carta que ele escreveu ao arcebispo de Campinas e presidente do Regional Sul 1 da CNBB, dom Airton José dos Santos, apresentando o padre André. “O padre possui muita piedade, tem uma espiritualidade, muito próximo das crianças, jovens e idosos”.
Ao término da celebração, padre André, dirigindo-se à assembleia, proferiu um emocionante discurso. “Levo saudades… Se as levo, é porque vocês me ajudaram a construí-las. Em meio às lágrimas, elas serão capazes de provocar sorrisos. Saudade, para o cristão, não é sinônimo de tristeza, mas esperança de reencontro. Não denota ausências, mas presenças que povoam a alma. Serão luzes, se as sombras da solidão ousarem se aproximar de mim. Saio da Paróquia Nossa Senhora do Rosário, mas ela não sai de mim. Amar não é sentir ter perto. Amar é saber ter dentro. E quem dentro está, perto está. Aproprio-me das sábias palavras de Pe. Fábio de Melo, “Se pela força da distância tu te ausentas, pelo poder que há na saudade voltarás”.
Para terminar, evoco o refrão de uma música, cantada no dia de minha ordenação, durante a imposição das vestes, extraída de um dos escritos de Santa Teresinha, que tomei por complemento de meu lema sacerdotal: a força que move é o amor. Que o amor que me trouxe até aqui, me leve até onde Deus quiser! Rezem por mim! Como tenho dito: Aqui fui seminarista. Aqui fui diácono. Aqui sou padre. Aqui sempre fui feliz!”
Nos momentos finais da Celebração Eucarística e da bênção de envio, Dom Luiz Gonzaga Fechio leu uma carta de Dom Edson Damian, bispo da diocese de São Gabriel da Cachoeira, (AM). “Vai, Pe. André Ricardo, para a Igreja da Amazônia. Lá, em tua nova missão, em tua nova terra, anunciarás Jesus Cristo e o seu Evangelho. Servirás aos pobres, aos excluídos do banquete da vida, lavando-lhes os pés. Aproximar-te-ás com muito carinho dos Povos Indígenas, povos com culturas, línguas e tradições diferentes. Chegando lá, estranharás, sem dúvida, os costumes e usos locais. Mas, não imporás as tuas ideias! Não apresentarás o Estado ou município que te viu nascer como paraíso! Não dirás nunca que no lugar aonde te criaste as coisas estão bem melhores! Não darás nunca a impressão de que vieste para ensinar, para civilizar, para instruir, para colonizar! Jamais violentarás a alma do povo que, doravante, será o teu povo. Descobrirás que a boa nova das culturas indígenas acolhe a Boa Nova do Evangelho de Jesus. Oferecerás simplesmente o testemunho de tua fé, de tua esperança e de teu amor, e darás a vida até o fim, até as últimas consequências. Assim tu terás o privilégio e a felicidade de viver a graça de todas as graças: encontrarás o Senhor que disse: ‘Depois que eu ressuscitar, irei à vossa frente para a Galileia’ (Mc 14,28). Missão é ir sempre à Galileia, às Galileias das periferias geográficas e existenciais como nos ensina nosso querido Papa Francisco.”, declara no texto.
O bispo da Diocese de Amparo, dom Luiz Gonzaga Fechio, concedeu uma entrevista ao Departamento de Comunicação (DECOM) do Regional Sul 1, onde ele conta de que forma a Diocese de Amparo envia este novo misisonário para colaborar na missão da Igreja na Amazônia. Ouça.
Informações: CNBB Regional Sul 1 -Texto: Renato Papis
Fotos: Pascom Nossa Senhora Aparecida do Triunfo
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