Dentre as cinco dimensões da formação presbiteral (espiritual, pastoral-missionária, humano-afetiva, intelectual e comunitária) a dimensão pastoral-missionária é a que mais aproxima o seminarista do povo de Deus e permite uma experiência concreta dos trabalhos pastorais realizados nas paróquias da diocese.
Nesta dimensão os formandos são apresentados a duas formas de experiência que irão permitir um contato maior com a realidade da vida de Igreja nas cidades que compõem a Diocese de Amparo: são elas o estágio pastoral e a semana de missões.
O estágio pastoral é realizado a partir do primeiro ano de filosofia. Aos finais de semana o seminarista é acolhido em uma paróquia pelo tempo de um ano (no primeiro ano de filosofia) e nas seguintes etapas pelo período de dois anos. Nesse tempo o seminarista entra em contato com a realidade da paróquia e de seus paroquianos, conhece de perto o trabalho do padre em seus afazeres paroquiais, e pode participar e se envolver com o trabalho das inúmeras pastorais atuantes da Igreja.
No início de cada estágio pastoral os seminaristas, juntamente com os padres, ao observarem a realidade da paróquia e as necessidades específicas de cada campo de missão definem um programa a ser seguido, com os trabalhos que serão realizados e as experiências que o seminarista irá realizar. O estágio é sempre acompanhado e orientado pelo padre responsável pela paróquia, que se torna, neste período, corresponsável pela formação daquele jovem.
Atualmente os seminaristas estão atuando nas seguintes paróquias: o seminarista Juliano Amaral na paróquia Santo Antônio de Pádua em Pedreira; Seminarista Giuliano Saragiotto na Catedral Nossa Senhora do Amparo em Amparo; seminarista Rodolfo Vezzan na paróquia Nossa Senhora Aparecida de Arcadas; seminarista Marcos Reversi na paróquia São José Operário em Amparo; seminarista Aluã Rosa na paróquia Imaculada Conceição Aparecida em Mogi Mirim; seminarista João Marcos na paróquia Divino Espírito Santo em Holambra; seminarista Carlos Semensim na paróquia Nossa Senhora da Penha de Itapira; seminarista Gustavo Compaci na paróquia Santo Antônio de Itapira e o seminarista Reginaldo Grilo na paróquia Santo Antônio em Santo Antônio de Posse.
As missões paroquiais, que também integram esta dimensão formativa, são realizadas sempre no início do semestre, no mês de janeiro. A cada ano uma paróquia é escolhida para sediar as missões e receber os seminaristas em seu território para a realização da experiência missionária.
Neste forte período de aprendizagem os seminaristas são acolhidos nas casas das famílias da paróquia, e durante pouco mais de uma semana realizam atividades missionárias, como a visita porta-a-porta e bênçãos de casas, formações com agentes de pastoral e encontros com crianças e jovens da paróquia. Também estão presentes nas missas e atividades religiosas programadas pela comunidade.
O período das missões é sempre muito enriquecedor para os formandos e para a paróquia que os recebe, uma vez que permite a inserção dos seminaristas de forma radical na realidade vivida pelo povo e permite uma troca de experiências única entre aqueles que acolhem e os que são acolhidos. A missão é dimensão indispensável para todo cristão e deve ser cultivada com especial cuidado no coração daqueles que serão os futuros padres da Igreja.
Outra iniciativa missionária presente na vida do seminário é o COMISE (Conselho Missionário de Seminaristas). O COMISE é um conselho interno que atua em conjunto com outros órgãos missionários da Igreja, como o COMIDI, COMIPA, COMINA e COMIRE (conselhos missionários nas dimensões paroquial, diocesana e regional), e tem por objetivo incentivar, promover e articular a vivência da dimensão pastoral missionária dentro do seminário entre os seminaristas.
O COMISE é formado pelos próprios seminaristas, que elegem membros para formar o conselho. Enquanto gestão, eles propõem reuniões mensais para reflexão de temas articulados à missão, organizam a semana missionária do seminário e auxiliam na organização das missões de início de ano realizadas nas paróquias. O COMISE é um importante instrumento de conscientização, uma vez que é uma iniciativa dos próprios seminaristas em vista de sua própria formação.
O amor à missão e à dimensão pastoral deve estar cada vez mais enraizado naqueles que se preparam para o sacerdócio, e estas iniciativas da formação são instrumentos que incentivam e ajudam no crescimento desse amor e tomada de consciência por parte dos seminaristas. Que o Senhor envie cada vez mais vocações generosas e abertas a abraçar a missão de pastorear o seu rebanho com amor.
Aluã Edson Rosa, seminarista do primeiro ano de Teologia