PERSEVERAR COM O RESSUSCITADO

Texto integrante do Informativo bimestral O AMPARO, da Diocese de Amparo | ed. nº 16
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Querida irmã e querido irmão, “somos todos irmãos”!

Esta afirmação, feita pelo próprio Jesus e contida no evangelho de Mateus 23,8, foi bastante comentada ao longo da Quaresma, por ocasião da Campanha da Fraternidade, com a qual fomos lembrados insistentemente do nosso apostolado cristão, na superação da violência.

O tempo da Quaresma terminou, e, certamente, a graça de Deus nos deu oportunidade de trabalhar, a partir de nós mesmos, uma pessoa nova que acredita estar sempre necessitada de conversão, em vista da permanente construção de um mundo novo, ou seja, em constante transformação para melhor, numa responsabilidade que, obviamente, cabe a cada um de nós.

Ora, o apelo de Jesus pela fraternidade, pela promoção da cultura da paz na implantação de “um novo céu e uma nova terra”, nunca perderá sua atualidade.

Finalizando o Tempo Pascal e entrando na 2ª parte do Tempo Comum que nos conduzirá novamente ao Advento, desde o final de maio até o final de novembro, somos interpelados a mostrar, principalmente nas situações mais corriqueiras do nosso cotidiano, nossa preciosa colaboração para conferir credibilidade a essa missão que o Crucificado e Ressuscitado nos confia. Depois da celebração da Páscoa do Senhor, não podemos estacionar. Como dizemos, é no “arroz e feijão de cada dia” que vamos testemunhando a presença vivificadora do Espírito Santo, celebrado especialmente em Pentecostes, que nos impulsiona, independentemente da nossa idade e do lugar que ocupamos na Igreja e na sociedade, a sermos, com mais convicção e audácia, sal da terra e luz do mundo.

Ser sal, luz, fermento… Ser instrumento nas mãos de Deus para que aconteçam transformações, mesmo que pequenas aparentemente, mas que, com constância, podem produzir grande efeito. Eis a nossa maravilhosa e desafiadora vocação! É a isso que o Ano do Laicato nos compromete, no mesmo batismo que nos “autenticou” como um filho ou uma filha muito amado(a) pelo Bom Deus, Santíssima Trindade, mistério do perfeito e absoluto amor, que, neste ano, celebraremos no último domingo de maio, 27.

Com a admirável festa do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, “Corpus Christi”, celebrada 59 dias depois do Domingo de Páscoa – portanto, dia 31, neste ano – somos lembrados e convocados a anunciar, na simplicidade das experiências mais comuns de cada dia, que Aquele que morreu na cruz, sem deixar, em nenhum momento, de ser Deus, realizou a plena doação da vida, fazendo-se totalmente presente em nosso cotidiano, desejando que nos alimentemos d’Ele para fazer a nossa vida fecundar a vida de todos com os quais nos relacionamos cotidianamente.

Estou certo de que as várias matérias colocadas aqui, nesta edição bimestral de “O Amparo”, refletem que a verdade da ressurreição de Jesus e de sua presença viva, real, na Eucaristia, como comida e bebida oferecidas com a maior dor do mundo e, ao mesmo tempo, o maior amor do mundo, não é apenas mais uma verdade aceita como as outras, mas sim, aquela que dá sentido a todas as outras, por cada uma das quais desejamos nos dispor, com mais generosidade e confiança, a fazer este mundo ser melhor, no nosso jeito de ser, em todo momento e lugar e com toda pessoa que estiver diante de nós.

Dom Luiz Gonzaga Fechio

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