O gesto simples de acolher toma dimensões gigantescas. Um sorriso, uma saudação, um seja bem-vindo, que bom que você veio… A Pastoral da Acolhida da Paróquia São Sebastião, em Amparo, é a presença irmã, um olhar marcado pelo amor de Cristo. “Acolher bem também é evangelizar”, trazem os agentes em seus coletes. Na terça-feira, dia 28 de agosto, os agentes comemoraram o primeiro aniversário da pastoral com Missa celebrada pelo pároco, padre Carlos Panassolo.
Para Lenerci Gasparini, coordenadora da pastoral, o sentimento é de gratidão porque o que melhor define esse primeiro ano da pastoral. “Gratidão a Deus pelo dom do discernimento. Gratidão ao padre Carlos pela confiança. Gratidão a equipe pela prontidão em corresponder ao chamado, seja na acolhida ou eventos”, agradece.
Padre Carlos refletiu que o Senhor espera de nós que, durante nosso caminhar, possamos dar este sinal de acolhida da Sua Palavra e do irmão. Até mesmo na porta da Igreja, quando entregamos o folheto, vamos ver nesse gesto simples diversas reações: um sorriso, uma saudação, apenas um olhar ou até mesmo a indiferença.
“O que nós queremos, reconhecimento? Jesus não buscou reconhecimento, mas fazer a vontade do Pai, que é todos sintam-se em casa. Minha gratidão a todos da Pastoral da Acolhida por fazerem todos se sentirem em casa. Minha gratidão pela perseverança, carinho, amor, zelo por aqueles que estão a chegar. Minha gratidão pelo sorriso que buscam oferecer a cada missa. Sei que às vezes a semana foi pesada, a cabeça está pesada, o coração está perturbado com tantas coisas, mas naquela hora, com o folheto na mão, sempre um sorriso para dizer: Que bom que você está aqui! Essa é asso de quem crê no Cristo, ajudar o outro a perceber que dificuldades existem mas que em Deus acreditamos”, disse o pároco.
O entusiasmo e gratidão por este ano de pastoral contagia os agentes. Para Maria Regina Maestre, participar da pastoral é uma bênção e oportunidade de servir ao Senhor na pessoa do próximo, sabendo que um simples cumprimento pode fazer toda diferença na vida do outro. “Quando padre Carlos convidou pessoas para essa nova Pastoral, não pude deixar de pensar como fui bem recebida nesta “paróquia, nesta cidade que recentemente escolhi para morar. Então, a minha maneira de agradecer foi atuando na comunidade com as pessoas que conheci e se tornaram queridas para mim”, conta.
O agente da pastoral Sérgio Paulo Campari acredita que a acolhida também pode ser compreendida como uma troca, visto que a mesmo tempo que acolhem, são acolhidos. “Lembro-me dos primeiros dias, quando ainda de forma tímida dávamos as boas vindas aos fiéis que, hora apenas acenavam com a cabeça, hora davam um sorriso ainda tímido também. O tempo foi passando e cada vez mais fui percebendo que estamos a serviço para acolher, porém, percebo que nós é que estamos sendo acolhidos a cada ‘seja bem vindo ou bem vinda’ dizemos. O que dizer daquelas senhorinhas que de longe trazem alegria estampada no rosto, ou ainda daqueles que compartilham, mesmo que de forma breve, suas experiências, alegrias e dores, as crianças que muitas vezes ainda estão aprendendo a ler, mas, que ficam nos olhando com o aquelas carinhas de anjo esperando por um folheto, e, quando recebem, retribuem com um sorriso puro que só as crianças possuem, tem ainda aqueles que já não estão entre nós e que nos deixaram saudades, mas, que agora são acolhidos pelo nosso Pai que está no céu. Sou grato por fazer parte da equipe de acolhida. Peço que o Espírito Santo continue nos iluminando com seus dons para que cada vez mais possamos acolher e ser acolhidos, por que como não sentir a presença de Jesus e cada olhar, em cada sorriso e em cada gesto que recebemos dos irmãos que acolhemos?”, testemunha.
Informações: Pascom Paróquia São Sebastião