Texto integrante do Informativo bimestral O AMPARO, da Diocese de Amparo | ed. nº 12
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Querida irmã e querido irmão, nosso O Amparo chega a você, ao senhor, à senhora, já no penúltimo bimestre que, com um pressentimento comum, parece “acelerar” o tempo que nos projeta rapidamente para o fim do ano. Seria, porém, um grande desperdício de nossa parte, e até falta de inteligência, se, ao querer ganhar mais qualidade de vida, estivéssemos tão distraídos, sem perceber tantas oportunidades que a bondade de Deus vai nos proporcionando para pensar e experimentar uma vida saudável de maneira diferente da que o ritmo frenético do cotidiano nos impõe.
Expresso-me assim para chamar a atenção para a importância de contemplarmos, a partir da própria natureza, a extraordinária beleza do Criador que, com a chegada da primavera, não apenas nos desperta a um maior encantamento, como, principalmente, nos questiona a avaliar nossa sensibilidade ao que é tão belo e, ao mesmo tempo, parece insignificante pela sua singeleza ou simplicidade.
É muito sugestivo que no mês em que o Senhor nos presenteia com imagens ou paisagens vivas tão maravilhosas, presentes na criação que se renova, a Igreja nos proponha uma motivação diferenciada para a leitura, meditação e oração com a Palavra de Deus, a Bíblia, Palavra do Senhor e da nossa salvação, como sempre ouvimos na celebração da santa missa. Se a natureza nos atrai e nos agrada, também nos convidando a refletir sobre esse processo de renovação, tão fascinante que nossa capacidade intelectual não alcança toda a sua profundidade, não deveríamos também aproveitar este tempo para nos envolvermos mais com a Palavra que, por mais conhecida que seja, nunca deixa de oferecer um alimento verdadeiramente necessário à “fome” que estamos passando, particularmente em determinados momentos?
Com o alimento da Palavra, quando realmente nos saciamos com o que Deus tem a nos oferecer, sentimos que esta experiência de saciedade precisa ser partilhada. E aqui, lembro a importância de não deixarmos passar distraidamente o mês missionário que, neste ano, nos chama a repartir “a alegria do Evangelho para uma Igreja em saída”, tema proposto para a Campanha Missionária, em outubro.
Será que O Amparo está nos motivando a descobrir continuamente a alegria do Evangelho e nos provocando a uma maior desacomodação e disponibilidade para oferecê-la aos outros, principalmente a alguém que dela necessita, numa realidade mais específica que está vivendo?
Que a celebração dos 300 anos do achado da imagem de Nossa Senhora Aparecida, com os 20 anos de nossa Diocese, nos anime a repetir em nossos dias a simplicidade e a confiança daqueles três pescadores, acreditando que a Padroeira do Brasil e da Diocese de Amparo nos reserva boas surpresas, mesmo em meio às muitas tribulações!
Dom Luiz Gonzaga Fechio