Mensagem para o Dia dos Professores

“O educador é uma testemunha que não oferece os seus conhecimentos mentais, mas as suas convicções, o seu compromisso com a vida” (Papa Francisco).

“Ser professor é apostar na esperança. É trabalhar com algo que não está pronto ainda. É entender-se parte de um processo de transformação. Ser professor é uma função de aposta no futuro” (Leandro Karnal).

“Ser professor é um ato de amor, e, por isso, de coragem” (Paulo Freire).

 

Amparo, 1º de outubro de 2024.

Querida professora e querido professor, paz e bem!

Por ocasião dessa data de 15 de outubro, que deveria representar muito mais à sociedade do que representa, dirijo-me a você, à senhora, ao senhor, nestas breves palavras, com o intuito de não apenas fazer uma saudação, e, sim, um agradecimento, com admiração, pelo que significa o exercício do vosso magistério.

Em tempos de tanta desvalorização da educação e, consequentemente, do professor, peço ao Bom Deus, especialmente neste dia, que a arte de ensinar, na desafiadora missão que vos cabe, seja motivo de experimentar muitas situações gratificantes, não obstante os enormes desafios e abatimentos, ao longo dessa exigente jornada. Para tanto, o espelho mais importante seja a referência do Grande Mestre, Jesus, cuja ternura, firmeza, paciência, perseverança e sabedoria, como vários outros atributos que poderíamos acrescentar, fizeram-nO o Mestre por excelência, sem jamais perder a atualidade.

Querida professora e querido professor, que o vosso ofício seja um compromisso com a vida, como realça o iluminado Papa Francisco; seja uma constante aposta na esperança, como indica o renomado Prof. Leandro Karnal, e seja uma notável expressão de amor e coragem, como tão bem caracteriza o conceituado educador Paulo Freire.

Quando terminei o ensino fundamental, com 14 para 15 anos, em minha cidade natal, Matão, neste estado, a professora paraninfa deu um cartãozinho a cada aluno (a), como daquele pequeno cartão de visita, com estas palavras de Fernando Pessoa: “Para ser grande, sê inteiro; nada teu exagera ou exclui. Sê todo em cada coisa. Põe quanto és no mínimo que fazes. Assim, em cada lago a lua toda brilha, porque alta vive”. Até aquele momento (final de 1980), não conhecia essas significativas palavras do brilhante poeta, e, por intermédio daquela professora, tive oportunidade de acolher esses versos como um precioso incentivo, para entrar no Seminário, no ano seguinte, e caminhar por 10 anos, até ser padre.

Hoje, partilho essa lembrança com você, com a senhora, com o senhor, desejando que estas palavras – “arte”, “missão”, “vocação” – estejam em vosso cotidiano, com a consciência do quanto a vossa pessoa pode fazer relevante diferença no serviço de educar, ou seja, de ajudar consideravelmente a descentrar, humanizar, ensinar a olhar para fora, para o mundo, e para dentro de si mesmo.

Querida professora e querido professor, renovando a paixão por uma educação inclusiva, com a escuta paciente, o diálogo construtivo e a mútua compreensão, o exercício do vosso professorado seja na direção da formação de pessoas maduras que se empenhem em reconstruir o tecido das relações, em vista de uma humanidade mais fraterna.

Gratidão por toda diferença positiva, agregadora de valores, que a vossa docência deixou e deixa marcada na vida daqueles que estiveram e estão sob os vossos cuidados!

Terno abraço!

 

+ Dom Luiz Gonzaga Fechio

Bispo Diocesano de Amparo

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