Igreja Católica mantém suspensão de missas

Em carta aberta emitida na tarde da última quinta-feira, 26, a CNBB afirmou que vai continuar sem celebrações nas Igrejas com a presença de fiéis. A decisão é uma resposta ao decreto publicado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em que ele acrescenta templos religiosos e lotéricas na lista de serviços essenciais, o que autorizaria a volta de missas com a participação do povo.

“Considerando, pois, que as orientações emanadas pelas autoridades competentes do Ministério da Saúde indicam o distanciamento social, as igrejas, se os bispos assim o considerarem, podem permanecer abertas, porém, do modo como tem sido feito: orações individuais, transmissões online etc. Não há como entender que os instrumentos legais acima* referidos possam obrigar a reabertura das igrejas, muito menos para a prática de qualquer tipo de aglomeração.” Justifica trecho da carta da CNBB.

A CNBB informa, também, que tem consciência de como tem sido difícil para as paróquias manter um atendimento religioso e as celebrações, ainda mais para enfermos e profissionais da saúde. Mas que é necessário seguir as normas sanitárias que, neste momento, é o distanciamento social.

Em outro trecho, a Conferência critica a discussão que o governo tem colocado em debate de economia versus saúde pública. “Angustia-nos, por isso, a colocação do dilema vida versus economia. Num tempo quaresmal, em que a Campanha da Fraternidade nos interpela a viver a vida como dom e compromisso”. Afirma a carta.

“Essenciais são aqueles serviços e atividades que, se não atendidos, colocam em perigo a sobrevivência, a saúde ou a segurança da população (art. 3º, § 1º). Este não é o caso das igrejas.”

 

*Parte do decreto presidencial que autoriza a abertura e funcionamento de templos religiosos.

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