DOM LEONARDO STEINER: “DINAMIZAR COMUNIDADES, MESMO SEM PADRES”

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“Foram três anos na tentativa de colocar em prática algumas sugestões que tinham sido pensadas. Eu creio que crescemos muito, especialmente com a criação da REPAM. A Comissão para a Amazônia se reforçou, ganhou mais corpo, tem mais presença junto às Igrejas particulares; nossos regionais estão hoje mais unidos, existe mais comunhão, existe uma tentativa cada vez maior de pensar e refletir em comum as questões todas da Amazônia.  Alguns Regionais têm mais dificuldades, outros menos, mas ajudou muito, inclusive ajudou a Conferência Episcopal a estar mais atenta, mais voltada para a Amazônia, tanto assim que este Encontro foi muito incentivado pela Presidência da CNBB”.

“Creio que a realidade apresentada nestes dias, as discussões e reflexões, vão nos conduzir a algumas propostas. Vamos tentar pensar numa Igreja que esteja mais presente. Hoje, ainda pensamos na Igreja como a presença do padre, do bispo, do religioso, da religiosa, pensamos que seja suficiente enviarmos leigos para momentos de evangelização; a reflexão caminha no sentido de haver uma presença maior da Igreja “oficial”, para que a comunidade se sinta como comunidade católica, se sinta dinamizada como comunidade católica; que haja ali alguém que o bispo delega para cuidar da comunidade, dinamizá-la”.

“Naturalmente com a ajuda da Palavra de Deus, nós refletimos muito entorno dos ministérios  dos leigos; talvez aqui daremos alguns passos, porque temos que dar alguns passos”.

Diocese de Roraima

A dimensão do território é também uma causa desta escassa presença da Igreja mencionada por Dom Leonardo.

Dom Mario Antônio é o novo bispo da Diocese de Roraima, uma Igreja particular que tem mais de 100 anos de existência e engloba territorialmente todo o estado de Roraima, com mais de 200 mil km quadrados. Devido às distâncias e aos custos do transporte, não há missionários suficientes para atender todas as comunidades de maneira satisfatória.

“Os Encontros como este são um momento de partilha, de experiência, de renovar os ânimos e aprender algo mais. Creio que esta nossa convivência tem muito a dizer para todos: seja aqueles que já estão há muitos anos numa mesma diocese, como para nós, que estamos em transição, porque chegar numa outra diocese é como “uma missão diferente”. O ideal é sempre o mesmo: a evangelização, a vida com o povo, com a comunidade que se reúne entorno de uma mesma fé, de um mesmo Jesus Cristo, mas pelas circunstâncias, pelo momento e até pela história específica de cada local, eu digo que é uma nova missão. Como eu estava como bispo auxiliar em Manaus há seis anos, agora assumindo a diocese como bispo diocesano, é realmente uma missão diferente”.

No final do último dia, 16 de novembro, do II Encontro da Igreja Católica na Amazônia Legal, foi redigida aprovada uma carta-final com as propostas elaboradas pelos grupos durante as sessões de trabalho.

Informações: Rádio Vaticano

 

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