No final do mês de novembro de 2018 encerraram-se as aulas do Curso de Formação Missionária – Escola de Missiologia em nossa Diocese de Amparo. O Curso é uma iniciativa dos Conselhos Missionários das seis Dioceses – Campinas, Bragança Paulista, Limeira, Piracicaba, São Carlos e Amparo – da nossa Sub-Região, nossa Diocese foi a quarta a acolher a Escola que teve início em 25 de fevereiro de 2018.
Os alunos, representando as diversas paróquias que compõe a Diocese, se reuniram um domingo por mês, no prédio da antiga Cúria em Amparo, sob orientação do padre Everton Nucchi, assessor do Conselho Missionário Diocesano (COMIDI) com o objetivo de formação e reflexão sobre a temática da Missão. Através da escuta e aperfeiçoamento de saberes teológicos que propiciem o aperfeiçoamento humano e religioso das pessoas nas comunidades eclesiais a proposta da Escola Missionária utiliza-se do método “ver-julgar-agir” e consiste na articulação de algumas exigências que visam uma Igreja “em estado permanente de missão”.
Na manhã chuvosa do sábado, 24 de novembro, os alunos foram acolhidos na cidade de Itapira pelo padre Ildefonso Luz, pároco da Paróquia N. Sra. Aparecida dos Prados, e pelo padre Everton, vigário paroquial e assessor do COMIDI. Padre Ildefonso presidiu a Missa de envio dos alunos que, durante todo o dia, participaram de uma Experiência Missionária na Comunidade Santa Josefina Bakhita, visitando em duplas as casas do bairro, momento prático de tudo que foi aprendido durante o ano.
A Paróquia Santo Antônio, em Itapira, acolheu no domingo, 25 de novembro, o 3º Encontro Diocesano Missionário que encerrou as atividades da Escola de Missiologia em nossa Diocese, o encontro foi aberto também à participação de todos os fiéis. A temática do Encontro ‘A alegria do Evangelho para uma Igreja em saída’ foi desenvolvida pelo padre Everton e pelo seminarista Carlos Semensin. Foi um dia de partilha, reflexão e avaliação das experiências vivenciadas ao longo do Curso.
Ao final da tarde, padre Everton presidiu a Missa de encerramento do evento na Matriz Santo Antônio. “Não deixe essa chama do amor de Deus pela Missão morra dentro de vocês, não deixe morrer! Continuem, para que vocês possam fazer o diferencial na nossa Diocese, não porque são melhores, mas porque estão tendo a oportunidade. Nós queremos algo melhor, precisamos ser diferentes e fazer a diferença. Não basta apenas sermos diferentes, precisamos fazer a diferença! O padre conta com vocês, o padre acredita em vocês! Assim como o nosso bispo e tantos outros padres, leigos e leigas. Muito obrigada pelo sim!”, disse o assessor do COMIDI.
Padre Everton agradeceu a toda equipe do COMIDI que ajudou durante o transcorrer do ano, em especial ao bispo Dom Luiz Gonzaga Fechio, padres, palestrantes e equipes de cozinha, enfim, a todos que contribuíram para que o Curso de Formação Missionária fosse uma realidade em nossa Diocese.
Confira os testemunhos de diversos alunos da Escola Missionária:
“A participação e frequência às aulas da Escola de Missiologia foi, para mim, de grande importância em minha formação e caminhada na Igreja. Eu pude, através do conteúdo abordado nas aulas, compreender a importância e a necessidade urgente de um despertar de consciência para a vivência da missão e a sua relevância enquanto prática eclesial.
Ao longo de todo este ano, dentro de minha caminhada vocacional em vista do sacerdócio, tive a oportunidade de estar junto dos leigos e leigas de nossa diocese e perceber o quanto foi frutuoso e de grande aproveitamento também para eles tratar o tema da missão. Acredito que foi para nós, enquanto diocese, um grande passo, dado o enfoque que tem tido a missão na vida da Igreja atualmente.
Avalio muito positiva a iniciativa de termos acolhido a proposta de realizar a Escola de Missiologia em nossa diocese, sendo que a mesma passou também pelas demais dioceses da província, levando nossos leigos e leigas, agentes de pastoral engajados no trabalho e no serviço à Igreja, a refletirem sobre aquilo que é a essência primeira da Igreja: ser missionária, estar em atitude de saída, ir ao encontro, como tem nos alertado o Papa Francisco.
Com o término do ano e das aulas, cabe a nós cultivarmos tudo aquilo que foi aprendido e, na medida de nossas limitações, assumir o compromisso em nossas comunidades de levar o ardor missionário, de despertar em todos os batizados a consciência de que, como discípulos-missionários, somos chamados a viver a missão permanentemente em nossas vidas e em toda ação que realizamos na Igreja”.
Seminarista Carlos Semensim
“Estivemos envolvidos neste curso durante o ano de 2018. Aprendemos que Missiologia (lat. missio “envio”; gr. logía “estudo”) ou teologia de missões é um ramo da teologia que estuda as missões.
O objetivo do missionário cristão é anunciar o Evangelho de modo universal (evangelho = boa notícia, boas novas, boa mensagem) e, através da apresentação deste evangelho, apresentar o próprio Cristo como senhor e salvador de toda a humanidade. O estudo na Escola de Missiologia nos conduziu à contemplação, em mudança total do modo de ver todas as coisas, inseridos no mundo, nos proporcionando uma possibilidade única e concreta de encontro com o altíssimo Senhor, fazendo resplandecer, em nossa vida, a vida daquele a quem buscamos e amamos.
O curso quis colocar em diálogo a fé e a razão, que “constituem como que as duas asas pelas quais o espírito humano se eleva para a contemplação da verdade” (João Paulo II. Fides et Ratio).
Toda a formação deste curso esteve voltada para a promoção da cultura missiológica e da integração do agente de pastoral nos contextos plurais da sociedade. Nessa perspectiva, o curso assumiu a pastoral como eixo integrador e norteador do pensar missiológico. Teve como ponto de partida a missão: formar cristãos leigos engajados por meio do ensino, prioritariamente, na ação pastoral nas paróquias. O objetivo geral foi nos formar como leigos(as), capacitando-nos por meio de um suficiente conhecimento da ciência teológica, à luz da sagrada escritura, da tradição e do magistério da Igreja, para o exercício eficaz da ação pastoral em nossa igreja diocesana, a fim de participar de modo crítico-reflexivo e propositivo da sociedade e da comunidade eclesial na linha do discipulado e da missão”.
Rosângela Aparecida Fornel – Paróquia São José Operário/Amparo
“Sou uma pessoa que gosta mais de ouvir do que de falar, a Escola para mim foram momentos de muito aprendizado, as aulas ajudarão muito em minha vida com a família e a comunidade. Na Escola encontrei um jeito de ver melhor o limite de cada pessoa que Deus colocar no meu caminho”.
Aparecida Lopes da Silva Santos – Paróquia São José Operário/Amparo
“No dia 24 de novembro de 2018, no encerramento da Escola de Missiologia, nós alunos da Escola tivemos a oportunidade de participar de nossa primeira experiência missionária. Colocamos em prática o que aprendemos na teoria durante o ano no curso de missiologia. Posso dizer que foi uma experiência muito gratificante e de muito aprendizado.
Logicamente, por ser a primeira vez, a ansiedade e a incerteza do que iríamos enfrentar tomou conta de mim, você fazer ação missionária em sua comunidade com pessoas que você conhece e sabendo que a maioria professa a mesma fé, podemos dizer que é mais fácil, mas ir para uma comunidade desconhecida, muito distante da sua, sem conhecer ninguém, senti que o medo a vergonha de anunciar e testemunhar o nome de Jesus é o fator que nos impede de anunciar o Reino de Deus.
Nas nossas aulas aprendemos que não iríamos levar Jesus para as pessoas e sim encontrar com Ele nelas, e como fazer isso? Nas aulas você ouve apenas como devemos proceder, mas quando me deparei com a realidade, na ação concreta, confesso me deu um certo temor, uma falta de confiança em mim mesmo, de não saber falar de Jesus, de não saber partilhar a Palavra com os nossos irmãos e irmãs que estão nos recebendo, (eu falo “nos recebendo” porque a ação missionária foi feita em dupla, um homem e uma mulher). A incerteza da fé que professam, de como iriam nos receber se fossem de outra religião, ou que seriamos sabatinados pelos nossos irmãos e irmãs evangélicos, essas incertezas eram o que causavam maior ansiedade quando batíamos palma nas residências.
Aí me vinha o ensinamento que também tivemos: “deixar o Espírito Santo conduzir-nos”, deixar Ele falar em nós.
Quando saímos para a ação, nossa primeira fala quando éramos atendidos pelo morador, era nos identificarmos como sendo Católicos Apostólicos Romanos. Em algumas residências nem fomos atendidos, em outras diziam que eram de outra religião e estavam sem tempo, mas também em muitas fomos muito bem recepcionados, mesmo por pessoas de outras religiões.
Pude perceber que em algumas residências as pessoas, além de ouvirem e partilharem a palavra de Deus, ansiavam por outra coisa: serem ouvidos, terem a atenção de outras pessoas para relatarem suas dificuldades, seus problemas diários; com isso a gente aprendeu que ser missionário não é apenas partilhar a palavra, falar de Jesus, mas é também compartilhar com nossos irmãos e irmãs suas dificuldades, seus problemas, dar conselhos que possam ajudá-los ou apenas ouvi-los.
Concluindo meu testemunho, essa ação missionária para mim foi uma experiência única, foi um fortalecimento, amadurecimento da minha fé e uma aprendizagem de convivência sem igual. Foi um processo de ser evangelizado pelos outros.
Portanto, para ser missionário não é preciso ir para terras distantes, ir para outros países; podemos e devemos, como cristãos, ser missionários em nossa família, em nossa comunidade, em nossa cidade, enfim, em nossa realidade atual.
É aqui que nós devemos viver nosso compromisso missionário, dar testemunho da palavra de Jesus e andar como Ele andou”.
José Antonio Modesto – Paróquia Santo Antônio/Itapira
“Em primeiro lugar quero louvar a Deus pela oportunidade que tive de participar da Escola de Missiologia deste ano em Amparo, e também pelo convite feito a mim pelo padre Francisco, da Paróquia São Pedro Apóstolo de Mogi Mirim. Confesso que senti uma responsabilidade grande em vir e representar minha Paróquia, pois foram necessárias algumas renúncias: vencer o cansaço da semana de trabalho para estar ali todos os domingos de manhã até à tarde, a carona que cada semana era preciso fazer acontecer e dar tudo certo.
Gostaria de apontar alguns elementos que observei e que me fizeram ter gosto em voltar e não perder nenhum encontro…
O zelo da equipe de serviço, o ambiente bem preparado, as refeições, tudo muito simples, mas feito com muito carinho e no capricho a cada domingo. Os Palestrantes, de uma simplicidade infinita mas de alma missionária, tudo colocado com muita clareza, alegria e com a vivência da Missão.
Para mim ficou muito claro que a Missão deve estar dentro de nós, em nosso coração, na nossa Alma; nosso batismo é certeza do Penhor (valor) que recebemos para seguir sempre em frente, ter conhecimento das coisas de Deus, querer aprender mais, fazer acontecer onde estamos, em nossa coordenação ou pastoral, a presença de Jesus que caminha conosco e de seu Espírito que nos encoraja, nos anima, nos faz sair do lugar e ir ao encontro de nossos irmãos!
Vi, ouvi e aprendi que devemos ter acesso aos documentos da Igreja; neles encontramos meios de fazer acontecer a Evangelização e o Encontro Pessoal com o Ressuscitado, pois Ele é uma Pessoa.
Fazer experiência de Jesus é apaixonar-se por sua causa, sentir alegria no que realizamos e desejar que Ele seja conhecido e amado por aqueles que ainda não o conhecem. Essa é uma Missão de todos nós batizados (ter consciência do que somos).
Que a Maternidade de Maria Santíssima e a grande Luz do Divino Espírito Santo nos ilumine e proteja na Missão do Reino de Deus e nosso!!!”
Zilda Aparecida Fritoli dos Santos – Paróquia São Pedro Apóstolo/Mogi Mirim
“Com a Escola de Missiologia aprendi que todo cristão católico é chamado a ser um missionário, mas, com tantos afazeres, dentro da própria Igreja, muitas vezes nos esquecemos dessa responsabilidade.
Nós, enquanto igreja, devemos, cada vez mais, nos preparar para a missão, visto que a Igreja foi fundada com esse objetivo.
Contudo, essa não é uma tarefa fácil, pois precisamos estar atentos às necessidades dos outros, aprender a ouvir, acolher e tornar-nos mais próximos de nossa comunidade.
A Escola de Missiologia despertou em mim reflexões e percepções que antes eu não tinha. Me fez entender a necessidade de não julgar, mas acolher as pessoas diferentes de mim. Mostrou-me que é difícil ser missionária em meu dia a dia, nas pequenas coisas, mas que se eu conseguir isso, posso mudar a realidade de muitas pessoas.
Entendo hoje, um pouco mais, o meu papel enquanto leiga na Igreja, e que devo fazer missão nos lugares em que a igreja não consegue chegar.
Percebo a necessidade de ir ao encontro das pessoas e não mais esperar que elas venham até a igreja para conhecerem o que é Bom.
Espero conseguir passar os meus aprendizados da escola missionária para outros e, dessa forma, ajudar a Igreja a se renovar e levar a Boa Nova aos que ainda não a conhecem.
Para isso, preciso estar sempre próxima de Jesus e preciso de conversão constante, através da leitura da Bíblia, da oração e da participação dos sacramentos”.
Mariane de Oliveira – Paróquia Divino Espírito Santo/Holambra
“Vivendo a Missão
Quando entrei para o COMIDI através do incentivo do pároco padre José Siqueira da Paróquia Sagrado Coração de Jesus (Jaguariúna), não fazia ideia do que e como seria a estrutura envolvida na organização de uma missão. Na ocasião o então Diácono e hoje Padre Everton trazia-nos a experiência de ter vivido uma missão, e me empolgou ao mostrar como era viver tal experiência, nos acolhendo com seu carisma de missionário na formação do COMIDI. E nos disse que se preocuparia com a qualidade e não quantidade dos integrantes do grupo que estava formando; isso me assustou, pois chegamos a fazer reunião com três pessoas, foi desanimador mas a sua espiritualidade levantava e nos colocava novamente rumo ao ideal de Cristo, que é servir sempre e com misericórdia e ir ao encontro do próximo.
As primeiras reuniões foram voltadas para nos preparar espiritualmente, hoje posso entender o porquê; e a partir do segundo ano veio o plano de realizar uma experiência de missão, foi quando estávamos maduros o suficiente para entender como era e qual era o papel do missionário; foi então que pude entender como foi para o apóstolo Paulo viver as suas idas e vindas pelas comunidades, narradas em suas cartas.
A partir de então passamos a contar com um grupo maior de pessoas, e foi então planejada a escola Missionária como formação e capacitação para fazermos uma missão.
Organização
Com apoio do nosso bispo Dom Luiz e a coordenação do padre Everton foram feitas várias palestras ao longo do ano, tratando dos mais variados temas abordados dentro da Missiologia; alguns dos palestrantes traziam a experiência teológica e a vivência de terem participado de missões em diversos lugares; foram partilhados vídeos, fotos, e narradas as diversas situações para nos preparar para o que iríamos encontrar ao sairmos em missão.
O grupo de participantes da escola foi formado por pessoas de diversas áreas de atuação dentro da Igreja, como pastorais, ministros, COMISE e seminaristas, o que deu à escola a possibilidade de partilhar a vivência das diversas situações que temos dentro da nossa diocese.
Experiência
A escolha da comunidade Santa Josefina Bakhita (Itapira) foi perfeita, pois é uma comunidade jovem onde há muito trabalho a ser realizado, e a experiência de viver ali uma missão, em especial para mim, como leigo, me fez compreender perfeitamente de que tratava o ano do Laicato, nos enviando ao encontro dos irmãos. Ao bater à porta de cada residência e anunciar que Cristo havia nos enviado para levarmos a sua palavra, pude vivenciar temas que até então eram pouco conhecidos para mim, como o ecumenismo, haja vista que quando falávamos que nossa missão era levar o Cristo segundo as escrituras, famílias de outras religiões cristãs abriram as portas de suas casas e nos receberam; tivemos a felicidade de comungar da palavra de Deus através dos temas escolhidos, tivemos momentos intensos onde ganhamos abraços calorosos. Senti o significado do que Jesus pediu para seus discípulos dizerem: “A paz esteja nesta casa! (Lc 10,5)”, pois despertar o sentimento de anunciar Jesus não é fácil, e entendi que “a messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Por isso, pedi ao dono da messe que mande trabalhadores para a colheita.” (Lc10,2). Tivemos alguns ‘passa depois, agora não dá’, mas o que posso dizer nesse momento é que nos dá grande satisfação saber que o nome de Jesus tem poder ao ser anunciado, e que lá fora ainda tem muita gente esperando receber sua palavra.
Agradeço muito ao nosso bispo Dom Luiz, ao padre Everton, que nos coordenou desde o início do COMIDI, ao diácono Ademir, com quem pude trocar experiências, e a todos que foram à escola Missionária, onde dividimos nossas experiências e que nos fortaleceu muito como corpo da Igreja, que tem Cristo como cabeça.
Um abraço a todos e que Deus os abençoe”.
Aparecido Porcino – Paróquia Sagrado Coração de Jesus/Jaguariúna – Membro do COMIDI
“O ano de 2018 foi abençoado e repleto de profundo contato com Deus. A escola de Missiologia foi responsável por grande parte dessa caminhada nesse ano. Foram momentos de grande aprendizado e partilhas com pessoas nas mais diferentes realidades, que puderam contribuir para meu crescimento enquanto ser humano; contribuíram também para minha percepção de que a igreja de portas abertas não precisa percorrer longas distâncias para acontecer, e sim que ela necessita acontecer onde atuamos enquanto comunidade, visto as mais diversas dificuldades que enfrenta nossa sociedade.
Nossa missão é aqui na diocese, é em outras dioceses, mas acima de tudo, é em todos os lugares que vivemos. Ser missionário vai além de pregar o evangelho, e vivê-lo com força e convicção o tempo todo; e toda essa visão foi ampliada e fortalecida pela escola e pela experiência missionária.
Comecei a integrar o COMIDI esse ano também e foi interessante perceber, junto ao grupo, a necessidade de fortalecermos os laços e cativarmos mais operários para nosso projeto, pois a messe é enorme e não se faz sem membros realmente engajados. Por meio do grupo da escola vamos começar os trabalhos, para que o ano de 2019 tenha ainda mais frutos.
Finalizando, a experiência missionária encerrou com chave ouro todo nosso processo de aprendizado, uma vez que vivenciamos na prática a missão dentro da “nossa casa”, com nossos irmãos mais próximos e também necessitados de força, esperança e de Deus. Podemos fazer a diferença para que o reino de Deus aconteça em todos os lugares, só precisamos nos unir mais e batalhar para que a comunidade não se perca e nem feche suas portas, pois nossa diocese precisa exalar mais o perfume de Jesus e seu amor para com os irmãos.
Camila Bonelli de Milano – Paróquia Nossa Senhora Aparecida dos Prados/Itapira – Membro do COMIDI
“Foram domingos maravilhosos, em que pude acrescentar muita coisa ao meu saber. Aliás, as coisas de Deus só acrescentam, nunca podemos dizer que sabemos tudo. Levar o evangelho a tantas outras pessoas, como ouvimos lá, é muito gratificante, mas para isso é preciso viver esse evangelho, partilhar com o irmão, ouvir esse irmão que muitas vezes precisa de nós. As pessoas que passaram esse tempo com a gente, ministrando seus conhecimentos, trocando experiências, foi tudo muito bom. Não podemos deixar esquecidos esses momentos em nossas comunidades. Por mais encontros assim!!! A Igreja em saída!!”
Deise Breda Porcelli – Paróquia de Santo Antônio/Itapira
“Quando recebi o convite para a Escola de Missiologia, pensei que seria mais uma formação.
Mas no decorrer dos encontros comecei a ver que era muito mais, era de verdade um convite de mudança, era um chamado a ser alguém que de verdade vai em direção do outro. Percebi que estava sendo escolhido para ir além do que aprendi, era de verdade experimentar o serviço ao próximo, acolhendo, ouvindo, evangelizando.
Vejo que hoje existe a preocupação e propostas para a ação missionária, os leigos são chamados a assumir seu papel na evangelização (Doc 105), a novena de Natal enfatiza o discípulo missionário, tudo isso convoca a todos a sermos cristãos que caminham em busca do reino.
Estamos vivendo uma nova proposta, por isso acredito na necessidade de formação como foi colocado no nosso 2º Plano Pastoral.
E não basta apenas aprender, é preciso pôr em prática, portanto acredito que a Escola de Missiologia é muito importante nesse processo de evangelização e missão.
Fico feliz de ter sido escolhido para participar desta escola”.
José Eloi Ferreira – Paróquia Senhor Bom Jesus do Mirante/Mogi Mirim
“Foi um grande aprendizado, uma ótima experiência poder escutar quem já foi missionário, é uma realidade que não sabemos e nem imaginamos como é. Agradeço por essa experiência maravilhosa”.
Naudimara Aparecida da Conceição – Paróquia São Sebastião/Amparo
“A Escola de Missiologia nos fez amadurecer muito na fé e nos ajudou a ter visões mais amplas e diferenciadas a respeito da nossa Igreja e da nossa missão nela.
Como foi bem frisado, a essência da Igreja é por natureza ser missionária. Então todos nós, cristãos batizados, temos a missão de propagar o evangelho de Deus para outras pessoas.
Ser missionário é divulgar a fé, sempre impulsionados pelo Espírito Santo, em todos os lugares em que estamos inseridos, como em nosso lar, trabalho, escola e na comunidade.
E por fim agradecemos muito a nossa Diocese na pessoa do nosso bispo Dom Luiz Gonzaga Fechio, e ao Comidi (Conselho Missionário Diocesano) na pessoa do padre Everton Nucchi.
Que no decorrer de nossas vidas possamos colher os frutos plantados nessa Escola Missionária. Que Deus abençoe a todos”.
Egeu Fernando de Oliveira Santos – Paróquia São Sebastião/Amparo
“Primeiro, foi uma alegria poder participar dessa Escola Missionária, nesse ano de 2018.
O conhecimento e aprofundamento que ela trouxe foi de fato grande.
Sabia pouco sobre esse tema, que me parecia ser apenas ir aos confins e levar a Palavra de Deus, e descobri que os confins estão mais próximos do que eu imaginava.
Foi uma ação muito assertiva do COMIDI, que nos levou a conhecer o que é evangelizar pela Missão.
Peço a Deus que esse projeto seja colocado em prática nas Paróquias e que a Escola Missionária continue, para evangelizarmos cada vez mais.
Penso que a catequese, o Terço (homens/mulheres), as novenas, as visitas aos enfermos, os Vicentinos, as pastorais em geral, as procissões, são de fato a verdadeira Missão Evangelizadora. Com a graça de Deus.”
Almir Vaner Rodrigues Jorge – Paróquia São Sebastião/Amparo
“Eu gostei muito de participar da Escola Missionária, foi um ano cheio de coisas novas e de um aprendizado marcante em minha vida; gostei das palestras, mas amei fazer a missão de ir de casa em casa, de ver que DEUS está em todos os lugares e em todos os corações, e agora muito mais no meu coração.
As pessoas têm muita necessidade de falar e de ouvir coisas boas. Se eu pensava em desistir dos dons que Deus me deu, hoje posso dizer que quero fazer mais, muito mais… Obrigada ao Comidi!”
Érica Pereira – Paróquia São Sebastião/Amparo
“Queria deixar registrada a minha satisfação em ter participado da Escola Missionária este ano.
Foi um ano cheio de aprendizado e conhecimento, tive a oportunidade de conhecer os palestrantes e suas experiências missionárias, o que me fez entender melhor a essência da missão evangelizadora que todos nós temos que levar adiante.
Aprendemos também a ver que muitos dos dons são descobertos com o passar dos anos ou com aulas como as do COMIDI.
Tive a oportunidade de conhecer pessoas de outras comunidades, de outras paróquias, que me fizeram enxergar a grandeza e o envolvimento da nossa diocese, pessoas especiais como a sra. Moriza que, apesar da sua idade, nos mostrava a cada encontro a beleza da juventude e experiência na fé; que, ao sentar-se para cada refeição, sempre trazia uma palavra de otimismo para quem estava ao lado. Refeições essas que eram muito bem preparadas com carinho pelas equipes da cozinha.
A cada encontro uma forma de aprender coisas novas.
A cada encontro uma referência do que é a missão.
A cada encontro uma nova página nas nossas vidas.
Enfim chegou o dia de pôr em prática tudo o que vimos durante o ano, e naquele sábado chuvoso, logo de manhã ao sair de casa bem cedo, olhei para aquele céu fechado, aquela chuva, e disse pra mim mesmo: “tem certeza ?” E durante o caminho até Itapira, na comunidade que iríamos visitar, falei por várias vezes pra Deus: “não sirvo pra ser missionário, isso não é pra mim… Como devo me conduzir”?
E então ele mostrou sua grandeza mais uma vez, pois logo no início fomos agraciados com a missa de envio, que foi mais um sinal de que tudo aquilo não seria em vão.
E então fomos bater de porta em porta, levar uma palavra e ouvir histórias de pessoas simples que queriam mesmo era alguns minutos de conversa.
Algumas pessoas, mesmo sendo de outra denominação religiosa, nos receberam bem, e as orações que fazíamos juntos pareciam ser um laço de união na fé.
Mas uma me chamou a atenção: fomos muito bem recebidos por uma senhora que fez questão que entrássemos na sua casa, simples mas bem arrumada e limpa… Ela nos recebeu com um sorriso inesquecível e disse: podemos rezar uma Ave Maria por mim e por vocês, pois achei muito bonito isso que estão fazendo.
Então rezamos juntos e ela, na sua simplicidade, disse esfregando os olhos: “eu queria ver melhor vocês, mas minha vista já não está boa… Estou aguardando a cirurgia da catarata já faz 3 meses. E então saí daquela casa de alma lavada com as palavras daquela senhora, parecia que era Deus respondendo àquela pergunta que eu tinha feito ao sair de casa.
Era sim Deus me dizendo que ser missionário é isso. Que ouvir pode ser muito mais do que falar palavras bonitas, que não precisa muito para se fazer uma ação missionária, só precisa ter coragem e sair de casa, seja com sol ou com chuva… e levar a palavra para quem precisa. E principalmente os ouvidos para quem quer só alguns minutos de conversa. Isso pode ser insignificante para nós, mas para algumas pessoas, como aquela senhora, significa muito.
Este é meu testemunho da experiência que tive o prazer de vivenciar”.
Danilo Oliveira Coutinho – Paróquia São Sebastião/Amparo
“A Escola nos enriqueceu, mais ainda.
Nós temos que ser sal e luz para os outros, mostrar esse Deus que está em nós para o outro.
Ser missionário não é viver à margem dos problemas do povo, é levar na sua formação humana, social, um forte sentido de justiça e verdade.
Nós temos que ter sabedoria, resistir, aguentar, esperar, solidarizar-se, acolher e escutar.
Talvez o problema esteja em nós e não no outro.
Ao visitar as pessoas não devemos dizer que Deus não está com elas, pois Ele está sempre presente, nós devemos partilhar sobre esse Deus.
A Escola abriu nossa mente para a necessidade de uma Igreja em saída.
Pois fica uma pergunta para mim: eu fui à Escola por curiosidade ou para aprender algo mais? Ou para pôr em prática o que aprendi nessa caminhada?
Pois ser missionário, todos nós somos, missionário é aquele que pratica a sua fé (cada um tem sua missão).
A Escola mostrou a necessidade de cuidar da casa comum (no Antigo Testamento Deus nos prometeu uma terra onde corre leite e mel).
No Novo Testamento Jesus, na multiplicação dos pães, disse aos apóstolos: ‘dai-lhes vós mesmos de comer’ (Mc 6, 37).
Santa Terezinha, rogai por nós! Amém!”
Maurício Aparecido de Oliveira – Paróquia São Sebastião/ Amparo
“O que eu posso dizer é que, nesse Curso, tive a oportunidade de aprender que ser missionário vai muito além daquilo que, para mim, seria essa “tarefa”.
Ser missionário é você se dedicar, no dia a dia, a fazer com que as pessoas se apercebam das suas atitudes, da sua maneira de se posicionar sobre qualquer assunto, sempre colocando o caminho do bem e do amor à frente!
Ser missionário é você se dedicar a uma tarefa, a uma Pastoral, com todo o seu amor e empenho, trazendo para o próximo a certeza de que ele não está sozinho, que pode contar com você!
Ser missionário é levar a Palavra, e para isso é necessário conhecê-la, a todos que puder, sem imposição, mas com convicção, para que seja um alento na vida do próximo!
Nesse Curso, conhecemos muitas formas de atuar, através dos testemunhos daqueles que nos honraram com seus ensinamentos!
Espero, a cada dia, fazer valer o aprendizado!”
Roseli Maria Suman – Paróquia São Sebastião/Amparo
“Foi uma bênção ter participado do Curso de Missiologia. Tivemos professores que com suas experiências de missão e por ter uma vida de espiritualidade me ajudaram a entender melhor a importância de ser um missionário na vida de meus irmãos. Quero amar mais, sem condição. Quero viver a alegria de evangelizar, e que nunca me falte a oração, a compreensão e a perseverança para que eu possa evangelizar através da minha vida em comunidade”.
Selene Imenes – Paróquia São Sebastião/Amparo
“Ter participado do Curso de missiologia ajudou-me a ter mais consciência da minha missão de evangelizar recebida no batismo. “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16,15). Peço ao Espírito Santo que me oriente e me conduza, para que possa ter disposição e alegria de levar aos outros o amor de Jesus, de forma simples e espontânea, em qualquer lugar que eu esteja, seja na família, na rua, no trabalho, na comunidade… Que através do meu testemunho possa ser sal e luz no mundo”.
Maria José Souza Balbino – Paróquia São Sebastião/Amparo
“Devo florescer onde Deus me plantou”. Assim inicio o testemunho como cristã após ter participado do Curso de Formação Missionária, na Escola de Missiologia, promovido pela Diocese de Amparo.
Foram estudados Documentos com reflexões significativas sobre a fundamentação bíblica, teológica e antropológica da Missão. Foram partilhados por padres e profissionais, professores de universidades, com excelente vivência e atuação missionárias.
Assim sendo, o legado que nos deixaram foi a motivação, a conscientização, o desejo e a alegria de tornarmos discípulos missionários.
Ressaltamos a Celebração Eucarística no Encerramento do Ano do Laicato e o 3º Encontro Missionário Diocesano.
Destacamos a oportunidade de vivenciar a Experiência Missionária através de visitas nas casas e a acolhida cristã pelos moradores do bairro visitado.
O tema que permeou todo o 3º Encontro Missionário Diocesano foi “a Alegria do Evangelho para a Igreja em saída”, o qual visou a “impulsionar as Paróquias para o dinamismo de ‘saída’”. Para anunciar o Evangelho como “projeto de vida” e para “ser presença geradora de fraternidade” somos “enviados para testemunhar o Evangelho da Paz”.
Termino: “Pela fé os discípulos largaram tudo para seguir a Jesus e ajudá-lo na construção do Reino do Pai”.
Moriza Matioli – Paróquia Catedral N. Sra. do Amparo – Catedral Diocesana
“Foi um grande aprendizado cursar a Escola Missionária. Conhecer o verdadeiro significado da missão foi algo realmente muito transformador em minha vida. Entender e vivenciar o amor de Cristo é um sentimento único que vive está vivo em meu coração e em meu espírito. Em nossa vivência missionária, no último final de semana do curso, de levar a mensagem para as pessoas que nos acolheram o melhor sem dúvida foi o de receber a acolhida e o carinho e ouvir o sentido da vida daquelas pessoas da forma mais sublime e simples. Somos missionários quando vivemos e oferecemos o amor de Cristo para todos, sem se importar com o que voltará para nós. Foi e será uma experiência enriquecedora em minha vida. Como é bom ser Missionário, como é bom ser Católica, como é bom estar em Cristo.”
Paula A. Siqueira de Almeida – Paróquia N. Sra. Aparecida de Arcadas/Amparo