DIAGNÓSTICO PRECOCE AUMENTA EM ATÉ 80% CHANCES DE CURA DO CÂNCER INFANTIL

Dados do Instituto Nacional de Câncer, mostram que, em 2017, foram estimados 12.600 casos novos de câncer em crianças e adolescentes até os 19 anos no Brasil em 2017. O câncer infantojuvenil engloba, na verdade, vários tipos de câncer.

As leucemias – câncer da medula óssea e do sangue – representam o maior percentual de incidência (26%) nessa faixa etária, seguida dos linfomas (14%) e tumores do sistema nervoso central (SNC) (13%). Diante dessa realidade, desde 2008 é celebrado no dia 23 de novembro, o “Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil”, que é a maior causa de mortes por doença na faixa de 1 a 19 anos.

“Nossa principal meta é fazer o diagnóstico o mais precoce possível já que não existe um fator de causa direta da doença em crianças. Por isso, não há medidas que possam ser feitas para evitar a evitar a doença como é possível em adultos. No caso de um diagnóstico positivo, o mais importante é que a criança esteja boas condições clinicas e tenha acesso um centro de referência de câncer infantojuvenil e inicie o tratamento o mais rápido possível”, destaca a médica oncologista e hematologista pediátrica do Hospital da Criança de Brasília José de Alencar, Isis Magalhães.

Doença de criança que vai e volta é sinal de alerta, mas vale ressaltar que os pequenos ficam muito doentes mesmo e se acompanhados regularmente pelo pediatra não há necessidade de se desesperar. No caso da Leucemia, não existem sinais específicos para sua identificação, o que chama a atenção é a persistência de sinais e sintomas comuns a outras doenças, tais como febre, dor abdominal, aumento de gânglios, que não melhoram com o tratamento habitual e que devem ser levados em consideração.

Dados de um estudo sobre o panorama do câncer infantojuvenil divulgado pelo INCA e pelo Ministério da Saúde (MS), em novembro de 2016, apontam que a sobrevida estimada no Brasil por câncer na faixa etária de zero a 19 anos é de 64%, índice calculado com base nas informações de incidência e mortalidade.

O estudo apontou que a sobrevida varia de acordo com a região do País. Os índices são mais elevados nas regiões Sul (75%) e Sudeste (70%) do que no Centro-Oeste (65%), Nordeste (60%) e Norte (50%). Por isso, a importância do diagnóstico precoce.

“Há 30 anos era uma doença fatal. Hoje, no mundo, mostra que as taxas de cura atingiram níveis que chegam a 80%. Com a evolução dos métodos de tratamento, nós temos um melhor índice de cura com menos sequelas”, destaca a médica.

Câncer em criança e adultos

As diferenças entre os cânceres infantis e de adultos consistem principalmente no tipo do tumor, na evolução e localizações primárias. Nas crianças e nos adolescentes, a neoplasia geralmente afeta as células do sistema sanguíneo, o sistema nervoso e os tecidos de sustentação.

Nos adultos, as células epiteliais, que recobrem os órgãos, são as mais atingidas. Enquanto o câncer no adulto apresenta mutações, geralmente em decorrência de fatores ambientais, no câncer pediátrico ainda não há estudos conclusivos sobre a influência desse aspecto.

O tratamento nos pequenos se faz com quimioterapia, radioterapia e em alguns casos com cirurgia e transplante de medula.

Sinais e Sintomas

A Fundação do Câncer, o Instituto Desiderata e a Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (Sobope) produziram um filme em celebração ao Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil, 23 de novembro, que fala sobre a importância do diagnóstico precoce em crianças e adolescentes.

 Informações: CNBB

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