Dom Leonardo Steiner, secretário-geral da CNBB, comunicou, nesta terça-feira, 23 de maio, o apoio da Conferência à petição por garantia de busca por crianças desaparecidas organizada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) para garantir a atualização do cadastro nacional de Crianças e Adolescentes Desaparecidos.
O CFM, com apoio dos Conselhos Regionais de Medicina (CRMs) desenvolve, desde 2011, campanha de prevenção ao desaparecimento de crianças e adolescentes. Segundo carta endereçada à CNBB, entre as ações do CFM “está a divulgação, junto aos médicos, de recomendações para o reconhecimento de pessoas desaparecidas, uma vez que muitas delas em algum momento passam por consultórios”.
No Brasil, são registrados, em média, 50 mil casos de desaparecimento de crianças e adolescentes por ano, segundo o CFM. “Há um percentual expressivo de crianças e adolescentes que não é encontrado”, assegura a carta. E continua: “indícios sugerem que esses meninos e meninas se tornam vítimas do trabalho escravo, da exploração sexual, do tráfico de órgãos e das adoções ilegais, entre outras formas de violação dos direitos e da degradação do respeito à dignidade humana”.
O Cadastro Nacional de Crianças e Adolescentes Desaparecidos foi implantado em 2010 pelo Ministério da Justiça. Na avaliação da CFM, esse cadastro “é falho e não vem contribuindo para a busca desses menores”. A situação atual é preocupante: “não há registro de nem 1% do total dos desaparecidos anualmente, o que dificulta sua localização”, denuncia o CFM que também sugere que “a proposta também peca ao transferir a responsabilidade da inclusão no cadastro para os pais e os parentes das vítimas”.
Por causa dessa situação e para marcar a celebração do Dia Internacional das Crianças Desaparecidas, neste 25 de maio, o CFM procurou várias instituições, entre elas a CNBB, para apoiar na divulgação de um abaixo-assinado com a petição.
Você pode fazer a sua adesão a esta petição no seguinte endereço:
Informações: CNBB