O Ministério da Saúde atualizou os dados sobre e febre amarela no Brasil, na última sexta-feira, 16 de fevereiro, de acordo com informações repassadas pelas secretarias estaduais. Desde julho do ano passado, foram 464 casos confirmados, sendo que 154 pessoas morreram devido à infecção.
Foram recebidas 1.626 notificações neste período, pacientes com suspeita de febre amarela. Os órgãos de saúde descartaram 684 casos e 478 ainda estão sendo investigados.
O ciclo de contabilização dos dados é feito a partir de julho e termina em junho do ano seguinte. De acordo com o Ministério da Saúde, isso ocorre devido à sazonalidade da doença, que concentra a maior parte dos casos no verão.
Neste início de ano, o país está concentrando a maior parte dos casos do ciclo atual. Em comparação com o mesmo período entre 2016 e 2017, há uma queda de 12% no número de infecções confirmadas neste ano, e de 7% nas mortes.
Uma das maiores preocupações dos cientistas que estudam a febre amarela e de autoridades que tentam controlar o atual surto da doença é evitar que o vírus comece a ser transmitido nas cidades pelo mosquito Aedes aegypti, também vetor da dengue, chikungunya e zika.
A epidemiologista clínica de Porto Alegre (RS) Dra. Miriam Sommer dá algumas informações sobre o que contribui para o aumento de casos da febre amarela.
Por enquanto, o Brasil só vem registrando casos de contaminação por mosquitos dos gêneros Haemagoguse Sabethes, que são silvestres – ou seja, vivem em florestas.
O surto poderia ter sido pior se as pessoas estivessem sendo infectadas dentro de centros urbanos, não apenas em áreas de parques e florestas.
Uma das diferenças centrais entre a febre amarela urbana e a silvestre está nos mosquitos que transmitem o vírus em cada ambiente.
Vale lembrar que os mosquitos silvestres têm predileção por sangue de macacos e o Aedes aegypti, pelo sangue humano. Essas preferências vem de milhões de anos de evolução e adaptação genética desses dois tipos de inseto.
Informações: Vatican News