O penúltimo dia da 56ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) iniciou com missa, no Santuário Nacional de Aparecida (SP), presidida pelo arcebispo de São Luís (MA) e presidente do Regional Nordeste 5 da CNBB, dom José Belisário da Silva.
O bispo iniciou a homilia refletindo sobre a leitura de hoje, que traz nos Atos dos Apóstolos a figura de Pedro e dos diáconos Estevão e Felipe, para falar da importância do Diaconato Permanente.
“Os diáconos foram instituídos para servir a mesa. No entanto, se tornam grandes anunciadores do Evangelho. [Daí] a importância dos diáconos permanentes também na Igreja de hoje para o anúncio da Palavra”.
Em seguida, o arcebispo dedicou a homilia para reflexão sobre a região do Maranhão, cujas dioceses integram o Regional Nordeste 5 da CNBB. Falou sobre a população, dos Rios e do solo. Além disso lembrou da história do estado que traz dualidades, duas maneiras de se entender a realidade, como o do colonizador português e os Jesuítas, dos senhores e escravos, do indígena e não indígena e do latifundiário e do posseiro.
“O Maranhão está entre os últimos estados da federação, disputando com Alagoas (SE), com os piores indicadores de qualidade de vida. Ultimamente, grandes projetos governamentais têm sido desenvolvidos na região maranhense como Carajás e ‘Matopiba’, mas tem trazido pouca coisa para o nosso povo”, destacou.
Dom Belisário finalizou lembrando o Dia do Índio, celebrado neste dia 19 – já que o Maranhão tem uma grande população indígena – e dos 50 anos da Conferência de Medellín, promovida pelo Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam), do qual dom Belisário é segundo vice-presidente.
“É preciso sempre voltar ao que tem de melhor na nossa história e Medellín é um desses momentos melhores e, finalmente, uma coisa muito própria nossa (do Maranhão): a diocese de Bacabal que está fazendo 50 anos de história”, concluiu.
Informações: CNBB