BISPO INVESTE NOVOS MINISTROS EM JAGUARIÚNA

Na noite do dia 6 de dezembro foram investidos 30 Ministros Extraordinários para Distribuição da Sagrada Comunhão, sendo 8 novos e 22 que renovaram seu ministério na Comunidade Santa Edwiges, pertencente à Paróquia Santa Maria de Jaguariúna.

Em sua mensagem, o presidente da Celebração Eucarística, nosso bispo Dom Luiz Gonzaga Fechio, exortou os presentes, e de modo especial os que seriam investidos, a se colocarem a serviço dos semelhantes com qualidade fundamentada numa vida interior alicerçada na palavra de Deus, que é a própria pessoa de Jesus, manifestação maior do amor divino por nós.

A cerimônia se deu na quinta-feira da primeira semana do Advento. A partir das leituras propostas pela Santa Igreja para reflexão, Dom Luiz dirigiu à assembleia presente as seguintes palavras:

“Foi pela palavra que se orientou o primeiro povo eleito, palavra de ânimo e entusiasmo. O profeta Isaías, precisamos ouvi-lo com muita concentração, porque há momentos em que parece que se está lendo uma poesia, e se não tomarmos cuidado falaremos: ’ah, que bonito, mas é um bonito que não diz nada para mim’. E tem que dizer!  Deus fala, por meio dele, de uma cidade construída com um muro forte, por cuja porta vão entrar os justos. Porque uma cidade que se deixou perder será tomada pela ganância, pela presunção, pela soberba, pelo orgulho. Essa cidade vai ser pisada, vai ser destruída! Pode ser a cidade mais linda, mas vai sofrer ruínas. Isso é muito sério! Essa foi uma palavra para animar, para entusiasmar o povo numa situação de tristeza, de preguiça de quem não queria acreditar em mais nada, de quem duvidava até de Deus, para dizer que esse Deus não mudou o seu plano! E aqueles que se apegam a Ele, não se decepcionarão. No Salmo cantamos: se o Senhor não construir a nossa casa, ela pode ser derrubada, e vai cair. O nosso refúgio é o Senhor, a nossa solidez é Ele. Eu não estou aqui para julgar ninguém, mas isso é verdade! Graças a Deus o julgamento é d’Ele. Mas como essa palavra é importante, não estou falando só para agora, mas para a nossa vida toda, não interessa a nossa função dentro da Igreja. Sem vida interior, quer dizer, sem alicerce, não conseguimos fazer nada que permaneça de pé, não conseguimos transformar a Palavra em atos e ações, porque ela não tem fundamento, e fundamento é vida interior! A aparência chega uma hora que não tem mais como disfarçar, porque temos que ser o que somos, e só podemos ser com sentido e qualidade alicerçados na palavra d’Ele. Peço aos senhores e senhoras que particularmente foram chamados para esse serviço do qual ninguém é dono: o importante é sermos firmes no serviço que fazemos. O serviço mais importante na Igreja não é aquele para o qual a gente põe essa roupa ou aquela, não é aquele que nós temos pelo nosso estudo maior ou menor, não é aquele que aparece mais ou aparece menos. O serviço mais importante para Deus é aquele que é construído sobre a Rocha. E quando digo essa palavra, digo que ele deve ser feito como gesto de amor, de doação, de entrega. Não é fazer favor para o padre! Nós estamos na Igreja trabalhando como favor para o padre? Ou o padre fazendo favor para mim? E eu, que sou bispo, estou fazendo favor para o Papa? Um faz favor para o outro? Não! A Igreja precisa de todos nós e todos nós somos humanos. E como somos! Porque se não construirmos sobre a Rocha, caímos. Seja quem for! Cai bispo, cai padre e até papa cai, porque ele não é dono da vida dele para se colocar no lugar de Deus e querer ser Deus. Então, meu querido ministro, minha querida ministra: que aqueles que renovam seu ministério recomecem com novo entusiasmo e possam servir de motivação para os que estão começando, neste ministério que chamamos de Ministério Extraordinário da Sagrada Comunhão, porque o ministério ordinário é do padre, do bispo e do diácono. Nós somos ordinários, porque somos ministros ordenados. Mas os leigos são ministros extraordinários porque a Igreja os chama por meio do padre, e um dia eles podem deixar o cargo para assumir outra função. Essa palavra ‘extraordinário’ tem que ser vista no sentido bonito, de uma coisa maravilhosa, porque eu não fico pensando naquela pessoa que está no assento ou em algum lugar da Igreja para depois comungar, mas naquela pessoa que está naquela casa, naquele quarto de hospital, que está esperando esse Jesus! E cuidado para não entregar somente a hóstia e se esquecer de entregar Jesus, e isso serve para mim também! É certo que nem sempre estamos muito bem, mas é preciso tomar cuidado! Mas por que, se Jesus está na hóstia? É claro que Ele está. Mas, e a cara dele está onde? Não está na minha cara? E a ternura e o acolhimento d’Ele, onde estão? Se eu não mostrar isso, então infelizmente tem alguma coisa errada. Então, como é importante esse ministério para as pessoas que não podem vir à Igreja! Podermos levar esse Jesus, essa Palavra para essa pessoa se encorajar, se animar e acreditar que, independentemente da sua situação, continua sendo muito amada pelo Senhor. Então vamos fazer a riqueza e a beleza da nossa Igreja acontecer com muito respeito e reverência para com a Sagrada Eucaristia, não somente no manuseio dos vasos e alfaias sagradas, mas também no cuidado do nosso coração, para que a cada momento, ao ministrar o sacramento, não se ‘tire Jesus de uma geladeira’, mas se viva como um novo momento. E esse casaco que vocês receberão tem que ser como um avental, ser usado não para ‘desfilar’, senão se estraga o sentido, mas, como um avental, ser usado para ‘sujar’. Não estou falando para vocês andarem com a roupa suja, mas vamos gastá-la, como naquela expressão ‘vestir a camisa’. Isso quer dizer que eu me identifico como servidor de Jesus e ajudo o outro a tomar consciência de quanto esse Jesus quer que sua vida seja cada vez melhor. Usando esse ‘uniforme’ eu faço valer meu serviço e ministério.”

Informações: Pascom Santa Maria

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