AMPARO CELEBRA 200 ANOS DA PRIMEIRA MISSA

A novena de Nossa Senhora do Amparo contou neste ano com uma comemoração especial no último dia 3 de setembro, quando foi celebrado o aniversário de 200 anos da primeira missa celebrada na cidade, em 1818, quando ainda era apenas uma pequena vila às margens do Rio Camanducaia. Os fiéis das seis paróquias participaram da reza do Santo Terço, uma procissão e missa na Catedral Diocesana celebrada pelo padre Carlos Panassolo, vigário forâneo e pároco da Paróquia São Sebastião, padre Anderson Frezzato, pároco local, padre Jamil Costa, da Paróquia São João Batista, frei Adriano Dias do Nascimento e frei Claudio Cesar de Siqueira, ambos da Paróquia São Benedito, e padre Rodolfo Pasini, da Paróquia São José Operário.

A programação teve início na Praça Jorge Pires de Godoy, no centro, local onde foi construída a primeira capela da cidade, já dedicada à Nossa Senhora do Amparo. Os fiéis participaram de um momento de oração e começaram uma procissão até a Catedral com a reza do Terço e levando o andor com a imagem primitiva da padroeira, imagem esta presente na primeira Missa celebrada no século XIX.

Segundo os relatos, a imagem – feita de barro e trazida de Vila Rica, atual Ouro Preto/MG -, foi roubada por volta do ano de 1820. O homem que entrou na capela, porém, não conseguiu carregar a imagem por tamanho peso e acabou quebrando seus braços e o Menino Jesus que trazia. A imagem quebrada ficou desaparecida até que, na década de 1990, por razão de uma reforma na hoje Catedral Diocesana, foi descoberta. Os braços e o Menino Jesus, contudo, nunca foram encontrados.

“Ao olharmos para imagem de Nossa Senhora, contemplamos alguns sinais que Deus nos propõe nesses 200 anos da primeira Eucaristia celebrada nessas terras. O primeiro: o dia 3 de setembro de 1818 caiu em uma quinta-feira e a nossa Igreja nasce justamente pelo mistério da Eucaristia naquela quinta-feira, quando Jesus Cristo institui a Eucaristia. O segundo: a Missa acontece também na festa de São Gregório Magno, um Papa. Contemplamos então essa Igreja que está unida ao Papa, caminha pela comunhão, pelo zelo e acolhimento”, refletiu padre Carlos.

Para o vigário forâneo, outro sinal neste início da cidade e da devoção à Nossa Senhora do Amparo também pode passar despercebido mas carrega muito significado. O primeiro sacerdote que passa pela vila e celebra a primeira Missa era um freio missionário, frei Francisco Figueira.

“Contemplamos mais este sinal, porque Deus espera que sejamos uma Igreja missionária, uma Igreja que vai, que caminha, porque se não fosse por este missionário, esse dia tão especial hoje não seria celebrado. Contudo, essa missão não chegou com a Missa, não chegou com a chegada do frei Francisco, mas bem antes, quando muitos homens e mulheres, que trouxeram consigo sonhos expectativas de uma nova terra junto ao Rio Camanducaia, vão edificar uma pequena capela simples nas margens do rio e lá vão colocar a imagem da Virgem do Amparo e junto à ela celebram, rezam provavelmente todos os dias o Santo Terço, suas ladainhas, seu devocionário, refletem e meditam a Palavra, até que este missionário chega e, depois, em 1829, começam as Missas regulares quando o Bispado de São Paulo expediu a Provisão de Capela Curada à Capela de Nossa Senhora do Amparo”, contou o padre.

 

Informações: Pascom São Sebastião

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No dia 16 de fevereiro, das 8h às 15h, no Centro de Pastoral São João Paulo II, ao lado da Matriz São Sebastião, realizaremos