Em meados do século sexto da era cristã, alguns missionários da Igreja foram enviados para o norte da Europa para evangelizar e converter pessoas envolvidas com o paganismo. Lá, notaram que o povo comemorava, no dia 24 de junho, a deusa Juno, que fazia parte dos antigos deuses romanos, e essas festas eram chamadas de “Junônias”. Essa data coincidia com o chamado Solstício de Verão, época em que o sol se afasta ao máximo da linha do equador, e torna a terra mais fértil para a cultura das plantas e colheitas.
Tendo notado essa tradição pagã, esses missionários, para ofuscar e fazer esquecer esse idolátrico costume, sugeriram à Igreja oficializar a comemoração do nascimento de São João Batista, que nasceu seis meses antes de Jesus Cristo, e tornar, assim, essas festas mais “joaninas”, valendo-se da passagem de 1Jo 5, 18.21: “Nós sabemos que todo aquele que nasceu de Deus não peca; o Gerado por Deus o guarda e o Maligno não o pode atingir. Filhinhos, guardai-vos dos ídolos…”
No Brasil, já desde alguns anos até o presente momento, essa cristianização da forma de comemorar os frutos da terra foi adotada, principalmente, pelos povos dos sertões nordestinos que inseriram danças, comidas, vestimentas, entre outros aspectos que lhes são peculiares, por influência de países como Portugal, e marcam essa festividade como um referencial da nossa cultura.
A Paróquia Santa Maria de Jaguariúna realizou um eficaz esforço para explorar as belezas dessa festividade com a criatividade de seus agentes de pastorais e fiéis, que se propuseram tornar realidade um momento de comunhão festiva entre si, ao mesmo tempo em que louvavam a Deus através da honra e memória desse santo tão importante na história da Salvação. Nosso Senhor diz: “Em verdade vos digo que, entre os nascidos de mulher, não surgiu nenhum maior que João, o Batista…” Mt 11, 11.
Nos dias 23, 24 e 25 de junho, após as Missas do Tríduo em honra a São João Batista, aproximadamente 120 agentes se comprometeram em alegrar a 4ª Festa Joanina com muito amor e animação no desempenho de suas tarefas, desde o planejamento e logística até o atendimento nas barracas, que estavam personalizadas. Após o final da Missa de abertura do Tríduo, a Quermesse iniciou-se com o acendimento de uma enorme fogueira que, segundo o Padre Milton Modesto, deve aumentar a cada ano. Contou com um número expressivo de participantes em todos os dias de sua execução, tanto nas atividades litúrgicas, quanto na quermesse. A quadrilha foi, sem dúvida, dentre os muitos, um dos momentos mais divertidos da festa, e no final todos interagiram com os que estavam apenas assistindo à dança.
Poucos dias após a festa, todos os envolvidos com as atividades litúrgicas e a Quermesse se reuniram, com seus familiares, para um alegre almoço com churrasco no estacionamento da Igreja Matriz.
Informações: Pascom Santa Maria